O singelo município de Vitoriano Veloso, a 7 km de Tiradentes, mais conhecido como Bichinho, possui um restaurante que já saiu até no "The New York Times". Com pouco mais de 950 habitantes, Bichinho é distrito do município de Prados e se projetou como a cidade do artesanato, muito em decorrência da chegada, há 20 anos, do artista plástico paulista Antônio Carlos Bech, o Toti, e sua irmã e parceira Sônia Bech.

Eles criaram a Oficina de Agosto, que, aos poucos, expandiu- se e foi agregando mais e mais moradores ao ofício das artes manuais. Toti começou com a pintura e, depois, passou para as esculturas em madeira e trabalhos em lata.

A oficina emprega, atualmente, 50 pessoas que se articulam de maneira colaborativa para a construção das peças. O trabalho é setorizado, bastante dividido, e o visitante é convidado a conhecer o ateliê. Se chegar pela manhã, será recebido, provavelmente, com café e rosquinhas.
Os trabalhos expostos na Oficina de Agosto variam de chaveiros de R$ 10 a quadros de R$ 2.800. O local funciona de segunda a sábado, das 10h às 17h, e, aos domingos, das 10h às 15h.

Ao seguir pela principal rua da cidade, o visitante vai se deparar com dezenas de lojas de artesanato de toda ordem. Elas oferecem opções repetitivas, com exceções dos artigos de tapeçaria, das pimentas e dos doces artesanais.

E por falar em doce, na rua Deputado José Bonifácio Filho, 23, encontra-se a doceira Maria José e sua loja Doces do Bichinho. Há 28 anos, Maria José fabrica doces nos fundos de sua casa, onde a família também auxilia na produção. Tudo preparado no fogão à lenha.

Logo adiante, está o restaurante Tempero da Ângela, aquele que já saiu no jornal norte-americano. Ela, a dona Ângela, está sempre por lá, com seu avental vermelho e um sorriso no rosto. Seu restaurante, que começou em 2003 com apenas cinco mesas, atualmente chega a receber, na alta temporada, 400 pessoas por dia. As opções são variadas e a refeição custa R$ 16.