Iberostar Grand Amazon

Experiência para recordar desde a partida

Pelo rio Solimões, na vastidão da floresta, o navio-hotel oferece culinária regional amazônica, muito conforto, uma equipe atenciosa, diversão a bordo e momentos de relax

Por Tânia Ramos
Publicado em 19 de agosto de 2017 | 03:00
 
 
 
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Quando os primeiros acordes da música “Conquest of Paradise” ecoaram pelo deck do Iberostar Grand Amazon, ouvimos o apito do navio anunciando a partida do Porto Internacional de Manaus.

Eram 18h. No céu, uma bola incandescente descia rumo ao horizonte. Enquanto o capitão finalizava as manobras para o navio seguir seu curso, o sol, majestoso, ainda deu uma leve parada sob a ponte estaiada do rio Negro antes de desaparecer nas profundezas das águas.

Nesse cenário idílico, de sincronia perfeita, foi dado o tom do que seriam nossos próximos dias embarcados no navio all inclusive. Recebidos com um coquetel de boas-vindas pelo capitão, que introduziu os procedimentos de segurança a bordo e durante os passeios, seguimos para o jantar, servido em grande estilo, descobrindo que, nos próximos dias, seria difícil equilibrar os ponteiros da balança.

Do restaurante Kuarup, no subsolo do navio, à petisqueira, no deck, é um desfile de tentações gastronômicas, primorosamente preparadas pelo chef Hildemar Pety e sua equipe. Da entrada à sobremesa, o bufê é farto e variado, nunca se repetindo, mas sempre priorizando os peixes locais, como tambaqui, pirarucu e tucunaré, regados a espumantes ou vinhos. Nas sobremesas, nos sucos e nos sorvetes, muitas opções de frutas típicas, do famoso açaí a buriti, murici e cupuaçu, entre outras.

FOTO: Mateus Baranowski/Divulgação
Jantar no Iberostar Grand Amazon é cercado de frutas e petiscos típicos da rica culinária da regiã
Jantar no Iberostar Grand Amazon é cercado de frutas e petiscos típicos da rica culinária da região Norte do Brasil

Essa festa de sabores, que ainda reserva uma refeição exclusiva de culinária regional, em que experimentamos a famosa costela de tambaqui, elegantemente apresentada, e o caldo de piranha de entrada, teve seu ápice no jantar de gala do comandante. Para o rigor da ocasião, o sofisticado restaurante recebeu decoração temática, acrescida de cascata de camarão e fonte de frutas amazônicas; no cardápio, além de cordeiro e peixes, lagosta à la carte.

Serenidade e conforto

Por três noites, seguimos 120 km (só ida) pelo caudaloso rio Solimões, mas com movimentos praticamente imperceptíveis – o que, aliás, torna esse cruzeiro viável até para as pessoas que não curtem navegar. Na maioria das vezes, só percebemos a navegação ao olhar para a vastidão da floresta amazônica ou das águas da sacada da cabine (são todas externas) ou do deck, no quarto andar, quando estamos bebericando um drinque, curtindo a piscina ou a jacuzzi.

De categoria The Grand Collection, a mais top da rede espanhola Iberostar, o Grand Amazon tem uma proposta própria: ali, o passageiro é mimado por sua mega-atenciosa equipe, goza de total segurança e conforto, tem gastronomia de primeira, aprecia drinks incríveis e curte diversão a bordo, porém, o verdadeiro luxo, característico da marca, está nas surpresas que nos aguardam lá fora, no contato com a natureza e a cultura locais.

A menina dos olhos de um ‘alemão-manauara’

Inspirado nos cruzeiros do rio Nilo, no Egito, o Grand Amazon foi construído no estaleiro Erim, em Manaus, com design que remete às clássicas embarcações de transporte de passageiros da região.

Em operação desde 2005, o navio é a menina dos olhos do proprietário da rede hoteleira Iberostar, “que se apaixonou pela região amazônica”, diz o diretor do Iberostar Grand Amazon, Winfried August, alemão radicado em Manaus há mais de 20 anos.

Na torre de comando, liberada para visitas escalonadas de passageiros, está o comandante Raimundo Alves Fernandes, o Tadeu. Com 47 anos de experiência em águas fluviais, ele opera o navio auxiliado pelo imediato Eliezer Alves e o timoneiro Edson Oliveira. Além dos bancos de areia, eles também têm que estar atentos, principalmente à noite, às embarcações menores que cortam as águas, diz Tadeu. O Grand Amazon possui um moderno sistema de navegação digital e motores com hélices, que permite ao navio girar sobre o próprio eixo e deslocar-se um pouco de lado. Para maior segurança, tem comandos externos. 

FOTO: Mateus Baranowski/Divulgação
Suíte é espaçosa e quase não dá para perceber que se está em um navio
Suíte é espaçosa e quase não dá para perceber que se está em um navio

Características

Capacidade:148 passageiros e 75 tripulantes
Andares: quatro
Cabines: 74, distribuídas por três andares – com exceção das duas suítes, de 49 metros quadrados,
com hidromassagem. As demais possuem 23 metros quadrados.
Lanchas (ou voadeiras): 6, com capacidade para 23 pessoas

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