A Fazenda Boa Esperança, joia da arquitetura colonial, localizada a cerca de 70 km de Belo Horizonte, no município de Belo Vale, está com um novo
endereço eletrônico. Pertencente ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) desde a década de 70, a fazenda é o único bem tombado na cidade nas esferas estadual e federal.
O patrimônio tem importância histórica, porque revela como funcionava a organização social e econômica no Brasil-Colônia. Integrada a mais de 300 hectares de vegetação nativa, a fazenda foi revitalizada em 2019 e aberta à visitação pública. Um termo de parceria entre a APPA — Arte e Cultura e o Iepha-MG garante a gestão e promoção do espaço.
De fácil navegação, o
site é bem ilustrado e traz informações práticas para quem quer visitar o local, ou seja, como adquirir os ingressos ou agendar uma visita educativa. Na seção "Sobre", o público fica sabendo, por exemplo, que a propriedade foi construída para fins meramente residenciais, mas chegou a abastecer a então capital Ouro Preto com produção agrícola. Também terá as principais notícias sobre os eventos e as publicações na mídia.
Na seção "Exposições”, o internauta pode conhecer as ações educativas para o patrimônio cultural que envolvem a população local. Em maio deste ano, foi inaugurada a exposição “Moradores”, com retratos em grandes proporções, que revela a ligação afetiva da comunidade com Belo Vale. A mostra também deu origem a um documentário.
Na "Galeria de Fotos", o internauta passeia pelos espaços da edificação do século XVIII — a varanda, os detalhes da construção e a rica decoração da capela dedicada ao Nosso Senhor dos Passos, entre outros ambientes. No “Acesso Virtual”, pode ainda viajar por um vídeo que organiza a linha histórica da edificação, revelando a ocupação do Vale do Paraopeba.
Em Belo Vale, além da fazenda, outros patrimônios históricos de relevância histórica são o Museu do Escravo, o único no país, as igrejas de Santana (1735) e de Nossa Senhora da Boa Morte (1760), a igreja Matriz de São Gonçalo do Amarante (1764), as ruinas das Casas Velhas e a calçada de pedra da Serra do Mascate, que liga a fazenda ao Caminho Velho da Estrada Real, o casarão dos Araújo e o Complexo Ferroviário.