A Orquestra do 43º Festival de Música de Prados, sob a regência do maestro André Bachur, se apresenta nesta sexta-feira (22) na igreja Matriz de Santo Antônio, em Tiradentes.
No sábado (23/7), o mesmo concerto foi reapresentado na igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Prados, com o acréscimo do prelúdio "L’après-midi d’un faune”, de Claude Debussy.
No repertório dos concertos foram apresentadas obras de Johann Sebastian Bach ("Concerto de Brandemburgo nº6 e nº3") e Heitor Villa-Lobos: ("Prelúdio da Bachiana nº4 e "Bachiana nº 9 para Orquestra de Cordas"), o grande homenageado desta edição.
De acordo com o maestro André Bachur, o concerto da sexta-feira (22/7) foi o primeiro da Orquestra do Festival e marcou a volta do evento para Tiradentes. "Ficamos ansiosos por tocar lá na igreja matriz", afirma.
Confira um trecho da apresentação:
O Festival de Música de Prados começou no dia 17 e tem agendados, até o dia 30, concertos, recitais, oficinas e palestras. O evento se encerra com a apresentação do "Quinteto para Piano e Quarteto de Cordas”, do compositor belga César Franck.
Antes do concerto, um vídeo narrado pelo ator Paulo Goulart apresentou os detalhes construtivos e os elementos decorativos e artísticos da igreja Matriz de Santo Antônio aos presentes, num jogo de luzes, ou como diz a narração, uma "viagem de mistérios e fé".
Repertório vai de Bach a Villa-Lobos
O repertório, segundo Bachur, não é longo, mas bonito, especial e instigante. São dois concertos de Brandemburgo, cada um escrito para uma formação. "Em ambos podemos ver o domínio que Bach tem do contraponto", destaca.
"No concerto nº3, Bach utiliza a orquestra de cordas com cravo contínuo, enquanto no concerto nº6, tira os violinos e usa apenas as violas e os cellos, ou seja, elimina as notas agudas. É uma outra sonoridade para a obra", explica o maestro.
Após Bach, serão apresentadas duas obras de Villa-Lobos. "Essa é a marca desta edição do festival: obras modernistas e do período da Semana de Arte Moderna de 22, entre 100 e 300 anos atrás",.salienta o maestro.
"As Bachianas são uma homenagem de Villa-Lobos a Bach, onde ele traz muitas referências da música barroca e para o contexto brasileiro", explica.
Na "Bachiana nº 9", Villa-Lobos abre com prelúdio e fuga, uma forma comum do período barroco. "Bach fez muitos prelúdios e fugas", pontua
"No prelúdio da Bachiana, Villa-Lobos abre Vagaroso e Místico, lembra uma melodia modal, gregoriano, mas que tem um tempero de modinha, de música popular urbana e, ao mesmo tempo, com um cromatismo de música moderna, do século XX", explica o maestro.
SERVIÇO
O que: 43º Festival de Música de Prados
Quando: de 17 e 30/7
Onde: Prados, Tiradentes e Barbacena
Programação:
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