Segundo dia: Willemstad
Continuação da matéria 72 horas em Curaçao: pronto para pôr os pés nas águas do Caribe?. Leia também Curaçao: mar de tons azuis e verdes implausíveis e imersão na força da natureza.
9h às 16h: Explorando o centro histórico
Para explorar a parte histórica de Wilemstad, a dica é alugar uma e-scooter, espécie de patinete elétrico, a US$ 40 por 2h30, na Step by Step, de Curt Obersi, em Pirata Bay, em Piscadera. Há muitas rotas de ciclismo na capital e na costa. O problema é o clima quente e o sol escaldante, que pode tornar a atividade cansativa.
A primeira parada é em Zakito, na área dos pescadores em Outrobanda para conhecer o purunchi, peixe local. Nos fundos do restaurante Piskado Purunchi, um pescador limpa o peixe fresco de cerca de 50 kg para servir no almoço com arroz, tutu e polenta doce, ao custo de 35 florins, a moeda local. Um dólar equivale a US$ 1,75 florins. Sem dúvida, um ambiente bem familiar e o melhor peixe de Curaçao, com muito sabor e bom custo-benefício.
Em Outrobanda, na Brion Plein, a parada é para experimentar um suco ou vitamina com frutas típicas locais como a guanabana, espécie de graviola, no trailer Delí Shakes, a 4 florins. A praça tem uma estátua de Pedro Luís Brion, oficial militar que lutou na guerra da independência da Venezuela, e uma bandeira tremulando de Curaçao e os famigerados prédios coloridos de arquitetura holandesa.
A segunda parada é em uma barraquinha para comer um bolinho de kòrsou trahá, típica comida de rua local, a 2,50 florins, que queima a língua de tão apimentado.
Na promenade de Curaçao, em Outrobanda, se contempla Handelskade, em Punda, a faixa colorida de edifícios coloniais holandeses, clássico cartão-postal de Curaçao.
Perambulando por Outrobanda
Uma das melhores maneiras de conhecer em Curaçao é vagando pelos becos coloridíssimos, com suas lojinhas, restaurantes e galerias de arte. Nos distritos de Punda, Pietermaai, Otrobanda e Scharloo, você encontra murais impressionantes produzidos por artistas locais.
A street art proliferou forte na cidade e se tornou parte integrante da vida das pessoas. Nos enormes murais, cenas típicas da vida cotidiana, da flora e fauna de Curaçao são mostradas por artistas Jhomar Loaiza, tornando-se espaços instagramáveis. Curaçao tem sua inclusive sua Selarón, referência à famosa escadaria do bairro da Lapa, no Rio. Os degraus foram pintados pela artista holandesa Avantia Damberg, que vive e trabalha em Curaçao. Faça uma parada para uma refeição no Black Jack Sport Bar, para degustar tacos, wings e pastas e cervejas ocais, ao custo de US$ 16 a US$ 30.
Olhando a história
Para entender Curaçao é preciso visitar o Museu Kura Hulanda. A entrada custa US$ 10. Ele narra a triste história do tráfico de escravos no Caribe. A maioria da população que vive na ilha é negra e não quer que essa história seja apagada. O espaço fica em Outrobanda, perto do porto onde a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais comercializava escravos e especiarias. O museu é o mais completos da região sobre o tráfico de escravos no Caribe.
Revelando as cores de Punda
Punda é mais atraente. O distrito é separado de Otrobanda por uma ponte flutuante com 167 m, ornamentada por arcos coloridos. Eles foram instalados em 1955 para celebrar a visita da rainha Juliana e do príncipe Bernhard. Você descobre que ela está prestes a abrir quando vê uma bandeira azul sobre o abrigo, a cabana do capitão do porto. Durante a abertura da ponte, a passagem de pedestres é interrompida. Flanar pela Handelskade é um charme. Se você der sorte, pode assistir à ponte flutuante se abrir para a passagem de navio.
Um lugar instagramável, do qual o turista enamorado não escapa é o Punda Love Heart, três corações repletos de cadeados colocados por casais que juraram amor eterno.
Em frente à ponte Rainha Emma, pegue a rua Breedestraat e chegue à praça Rainha Wilhelmina para tirar uma foto com dois imensos letreiros, Curaçao e Dushi, que ficam a poucos metros um do outro. Dushi é uma expressão em papiamento utilizada para tudo que é bom.
Uma dica é ir à galeria de Francis Slins, versão curaçalenha de Eduardo Kobra, o nome mais famoso da street arte brasileira. Recentemente o edifício do Sesc, no centro de Belo Horizonte, ganhou painel do artista. Em Curaçao, há ao menos quatro painéis de Linz. O inconfundível prédio é uma atração à parte para o visitante desavisado.
17h: Experiência Curação Blue
O licor Curaçao Blue fez a fama da ilha. O líquido, mais famoso na cor azulada, é produzido com cascas de laranja laraha pela Senior & Co. Os pés de laranjeiras foram trazidas pelos espanhóis por volta de 1499. Um curaçalenho então extraiu um óleo produzido da fruta e, mais tarde, o licor. No entanto, só a partir do século XIX que a família Senior abriu uma fábrica na Landhuis Chobolobo para produzir o licor Curaçao Blue. Toda essa história e muitas outras informações curiosas são contadas em uma visita à fábrica da Senior & Co, no bairro Salinas, em Otrobanda. A visita gratuita é guiada por Luiz Espinal. Ao terminar o tour, o visitante pode participar do "The Blue Curaçao Experiente": experimenta cinco sabores, escolhe o que mais agradou o paladar e produz o próprio drink com o licor em um bar. É necessário um agendamento prévio. A visita passa invariavelmente por uma loja com produtos à base de Curaçao. Uma garrafa custa em torno de US 27.
19h: Salsa no Mundo Bizarro
Localizado no coração de Pietermaai em Willemstad, um dos lugares mais legais de Curaçao para finalizar a noite é Mundo Bizarro, que encanta pela inconfundível atmosfera cubana, vintage, com seus sofás velhos, rasgados, e pela música caribenha. Como vive lotado, é indicado reservar mesa no site. Iluminado, é uma atração à parte. Experimente um típico prato local, a stoba, uma caldeirada de carne à moda com arroz branco e salada mista, a US$ 39,50. Não é um local barato.
O La Bohème é um café que atrai turistas por sua variedade de smoothies com frutas frescas e café forte. Experimente o Caribbean Passion, com maracujá, manga e abacaxi, ou mangomania, com manga, abacaxi e banana, a US$ 6. Peça o drink mais típico da ilha, o Blue Lagoon, com vodca, Blue Curaçao, suco de limão e xarope a R$ 10.
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