O presidente Michel Temer fez um pronunciamento ontem, em Brasília, a propósito do pedido de inquérito feito, anteontem, pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, que o denunciou ao Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva.
Cercado de apoiadores, Temer demonstrou segurança, afirmando que, do ponto de vista jurídico, não temia as consequências do processo, mesmo que ele venha a ser instaurado pelo STF, caso a Câmara dos Deputados o autorize após votação em plenário.
Procurou desclassificar a denúncia, afirmando que ela se baseia em ilações extraídas pela PGR do áudio em que o empresário Joesley Batista conversa com ele, tarde da noite, num encontro no Palácio do Jaburu. O áudio embasa o pedido de inquérito.
Para Temer, o procurador geral não tem provas “robustas” de seu envolvimento no crime, já que estas teriam sido obtidas ilegalmente, por meio de um criminoso que, ao fazer a acusação, ganhou a impunidade, o que confere com a opinião de muitos brasileiros.
Pesquisa da semana passada apurou que 81% dos entrevistados acham que os donos da JBS deveriam ter sido presos, e 64% consideraram que o acordo de delação não foi bem conduzido. Apesar disso, 83% acham que Temer é culpado de corrupção.
No entanto, as consequências políticas da denúncia são consideráveis, e o presidente não deixou de reconhecer isso, sobretudo para a sobrevivência de seu governo. Temer tem um apoio mínimo da população, mas não parece decidido a desistir do poder.
Ao contrário, enfatizou o papel institucional da Presidência da República e o poder que esta lhe confere de conduzir até o último dia seu mandato, cumprindo o que chamou de “missão de modernizar o país” num dos piores quadros de nossa história.
Mais uma vez, o presidencialismo está em xeque na própria figura do presidente.
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