Quase oito meses depois do desastre, o drama da população de Bento Rodrigues e outras comunidades ao longo de 650 quilômetros ainda está longe de terminar. Agora, a preocupação é a iminência do período chuvoso, que começa em setembro.
A mineradora quer construir um dique para conter os rejeitos da inundação de novembro do ano passado e que vai alagar novamente grande parte do distrito. Apesar da destruição, moradores acalentam o desejo de voltar a habitar Bento Rodrigues.
Hoje, eles moram em Mariana, graças a bolsas fornecidas pela mineradora. Sofrem preconceito de muitos marianenses, que, com o desemprego provocado pela interrupção das atividades da empresa, consideram que eles gozam de privilégios.
A obra planejada é problemática. É incerta sua eficácia, e, além disso, ela alagaria propriedades particulares. Os moradores exigem uma solução alternativa que não destrua o que resta do povoado, como a igreja, o cemitério e um muro do século XVIII.
A mineradora diz que não há mais tempo. Com as chuvas, mais lama será arremessada nos afluentes do rio Doce. Os órgãos fiscalizadores relutam em autorizar a construção do dique, considerando que a mineradora “fabricou” essa solução de urgência.
De fato, fiscalização recente constatou problemas ao longo de 100 quilômetros entre a barragem de Fundão e a usina de Candonga, em Santa Cruz do Escalvado, na Zona da Mata. Os rejeitos não foram removidos, e a lama alcança 50 centímetros de altura.
Em vários trechos, não foi feita nenhuma obra de contenção ou trabalho de drenagem.
Com as chuvas, os rejeitos poderão ir parar nos rios e córregos, provocando mais poluição. Em outros pontos, obras executadas exigem correções imediatas.
Pela primeira vez, a vida não está fácil nem para as vítimas, nem para os autores. É um avanço.
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