No mesmo dia em que assistia ao depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff na sessão de julgamento do impeachment, o ex-presidente Lula foi atingido pela Receita Federal, que decidiu suspender a isenção tributária do Instituto Lula por “desvios de finalidade”.
O Fisco cobra Imposto de Renda e contribuições sociais, além de multa milionária. Segundo o órgão, a entidade recebeu quase R$ 35 milhões em doações, entre 2011 e 2014, a maior parte de empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato, como Odebrecht e Camargo Corrêa.
O Fisco encerrou a investigação aberta em dezembro do ano passado sobre a entidade, fundada em 2011 pelo ex-presidente Lula, que agora tem um novo componente no inferno astral que vem enfrentando.
Ao lado do cantor e compositor Chico Buarque de Holanda e outros correligionários contrários ao impeachment, Lula parecia tranquilo, porém sério e, às vezes, cabisbaixo e pensativo, como se tivesse jogado a toalha no caso de Dilma.
Já na véspera de viajar a Brasília para acompanhar o julgamento no plenário, o ex-presidente havia sido indiciado pela Polícia Federal no inquérito sobre o triplex no Guarujá, no litoral paulista. Enquadrado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, classificou a medida como um factoide.
Não resta a menor dúvida de que o cerco está se fechando sobre ele e seus familiares. Por mais de uma vez, Lula já disse que não teme a prisão, mas o fato é que tem procurado escapar dos investigadores da Lava Jato, bem como do juiz Sergio Moro.
Desde a condução coercitiva de que foi alvo na 24ª fase da Lava Jato, em março, quando foi levado à força por policiais federais ao aeroporto de Congonhas a fim de prestar depoimento, o ex-presidente tem percebido que não é intocável.
Mesmo com um passado de luta, alinhando-se aos mais pobres, como gosta de apregoar, Lula parece ter sua imagem cada vez mais distanciada do velho líder sindical do ABC paulista.
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