O Acordo de Paris entra em vigor no próximo dia 4. A ele aderiram cerca de 60 países, inclusive o Brasil, que teve papel importante na negociação. Em nosso caso, o acordo exige mudar drasticamente nosso modelo de desenvolvimento.
No entanto, não é isso que estamos vendo. A rede de ONGs Observatório do Clima está informando que as emissões de gases de efeito estufa aumentaram 3,5% no ano passado, em comparação com 2014. E isso num momento em que o PIB recuou 3,8%.
A causa desse aumento foi o desmatamento. Segundo o Inpe, a perda de floresta amazônica em 2015 aumentou 25%. Incluindo o abate em biomas como a Caatinga, o Cerrado, a Mata Atlântica, o Pantanal e os Pampas, nossas emissões cresceram 12%.
A principal fonte de gases de efeito estufa é a mudança no uso da terra. Em vez de ensejar a inovação tecnológica, a crise promove uma volta à economia primária, com exploração dos recursos naturais. Onde havia uma floresta, agora o que há é a terra nua.
Pelo Acordo de Paris, os países se comprometeram a conter o aquecimento global e evitar suas consequências para o homem e o planeta. Aquele é provocado pelos gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, que aprisionam a radiação solar na atmosfera.
O Brasil se obrigou a reduzir em 37% as emissões até 2025 e 43% até 2030, em relação aos níveis de 2005. Isso implica investir em energias limpas, recuperar áreas degradadas e zerar o desmatamento ilegal na Amazônia. No entanto, o país poderia ter ido além.
O ano-base deveria ser 2014, e não 2005. Os números de dez anos atrás refletem outra realidade. Segundo André Ferretti, coordenador geral do Observatório do Clima, “é assustador esperar mais 14 anos para zerar o desmatamento ilegal na Amazônia”.
Apesar de nosso protagonismo internacional, não nos emendamos. Continuamos aferrados a um modelo de economia atrasado e predatório.
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