A primeira lição que a presidente Dilma Rousseff precisa tirar das turbulências que andam travando o seu governo é que a arrogância não leva a lugar algum. E que ninguém pode tudo sozinho, por mais poderes que possa reunir no regime presidencialista.
O diálogo é sempre fundamental, e saber ouvir, inclusive críticas de membros da oposição, talvez seja mais conveniente do que a reação irônica diante de alertas frente a aproximação de alguma tempestade.
Todos se lembram dos embates na TV entre Dilma e Aécio por ocasião da campanha eleitoral, quando o cenário de crise econômica já era visível no horizonte e o tucano propunha redução drástica da máquina administrativa.
Dilma logo descartou qualquer enxugamento, e manteve 39 ministérios até agora. E foi mais longe, em reação a outras propostas do oposicionista, lembrando que os “governos passados” pautavam sua ação em prejuízo dos mais pobres, plantando juros para “colher inflação”.
Dilma, agora, está envergando sob o peso das dificuldades e da imprevidência, mas garante que não quebra. Será muito difícil para ela resgatar o prestígio que desfrutava junto ao eleitorado, bem como a credibilidade junto ao empresariado e investidores.
Depois que seus próprios assessores revelaram ter alertado a presidente, ainda em 2014, para a possibilidade de turbulências já no início de 2015, fica complicado imaginar que Dilma tenha deixado de lado a teimosia.
Por mais que seus auxiliares tentem arranjar alguma boa notícia para dar ao público, como fez o ministro do Trabalho, Manoel Dias, anunciando a possibilidade de queda, ainda neste ano, da taxa de desemprego, o cidadão fartou-se das promessas e da incoerência do discurso oficial.
Saber ouvir e negociar é uma arte. Historicamente, falta ao partido do governo essa compreensão para estabelecer parcerias capazes de conduzir a um grande pacto para salvar o brasileiro do empobrecimento que se aproxima veloz.
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