O efeito Trump no turismo
A despedida de Barack Obama na última terça-feira e a posse de Donald Trump na próxima sexta-feira irá marcar um novo capítulo na história dos Estados Unidos. Está inaugurada na mente dos cidadãos do planeta uma era de incertezas e probabilidades que afeta, de um modo ou de outro, o turismo.
Diga-se de passagem, o turismo é o único setor da economia afetado por fatores internos e externos – políticos (crises, imigrações), econômicos (alta ou queda de moedas), climáticos (furacões, tsunamis), de risco (epidemias, guerras), segurança (terrorismo) e acidentes (aéreos, terrestres).
Pesquisa publicada no site de compras VoucherCodesPro mostrou que 47% dos entrevistados disseram que não pretendem viajar aos EUA em 2017. Os motivos citados são medo de protestos e violência e terrorismo. Levantamento do site Travelzoo revelou que um em cinco britânicos já não pensa mais nos EUA como destino de viagem.
Para o Brasil, os efeitos podem ser a deportação de imigrantes ilegais e o endurecimento na concessão de vistos para viagens de lazer. Isso significa menos turistas em Nova York, Miami e Orlando, número que já diminuiu bastante com a alta do dólar e a crise econômica. No ano passado, a negação de vistos para brasileiros beirou o percentual de 15%, segundo dados do jornal “Folha de S.Paulo”.
Apesar das especulações,Trump ainda não mencionou especificamente o turismo, mas assinalou recuos em relação à globalização. Ele falou da possibilidade de reverter o rumo das relações com Cuba, em impedir muçulmanos de entrar no país e em erguer um muro na fronteira com o México. Mas no discurso da vitória disse também que planeja reconstruir a infraestrutura do país, incluindo aeroportos.
Hoje, a indústria do turismo contribui com US$ 1,4 trilhão para a economia dos EUA, e muitos analistas acreditam que esses números influenciarão decisivamente nas medidas que Trump irá tomar daqui para frente.
A retórica da campanha Trump terá impacto direto sobre o
desempenho do turismo, porque o México já superou o Canadá
como fonte de demanda turística para os EUA em 2016
Sala VIP
Institucional
O secretário-adjunto de Estado de Turismo, Gustavo Arrais, o representante da concessionária BH Airport, Dany H. L. Oliveira, o secretário de Estado de Turismo, Ricardo Faria, o diretor de relações institucionais da Azul, Ronaldo Silva Veras, e o diretor da Azul, Marcelo Bento Ribeiro, durante a reunião na Setur-MG para oficializar o voo Belo Horizonte-Buenos Aires.
Escarpas do Lago
Antonio da Matta, Valdez Maranhão, Milton Pimentel e Wander Coelho durante a Feijoada do Maranhão em Lisboa, Portugal; o fotógrafo e empresário já se prepara para a primeira feijoada do Escarpas do Lago, que acontecerá no dia 22 de abril no Clube Escarpas do Lago; a feijoada, que já virou franquia, promete ser uma grande festa com presença do empresariado.
Personagem da semana
André Rossi, gerente da Visual Turismo em Minas, faz uma
avaliação dos dez anos da filial em Minas Gerais, completados
no último dia 1º, e das perspectivas para 2017
A filial mineira da Visual completou dez anos no último dia 1º. Como você avalia essa trajetória no mercado mineiro?
Eu pessoalmente tenho uma avaliação positiva, pois em todo início é gerado uma expectativa grande de como as coisas podem acontecer, ainda mais tratando-se de nosso segmento, em que muitas empresas chegaram e se foram muito depressa. No caso da Visual, tivemos grata surpresa, pois a decolagem foi mais rápida do que imaginávamos, mas com muito trabalho e, em especial, com a colaboração e a resposta do agente de viagens. Sou grato a esses profissionais, a razão do nosso negócio.
No ano passado, a Visual criou um segmento de vendas exclusivo para famílias e grupos e também participou do Cubo, um pool de operadoras para alavancar as vendas. O que a Visual está trazendo em termos de novidades neste ano?
O segmento de grupos foi criado há mais tempo, com o objetivo de atender programas exclusivos para turismo religioso, uma sacada que deu certo na ocasião, e, desde então, partimos para os demais destinos, criando uma central para atender única e exclusivamente grupos. Hoje, já montamos para o mundo todo. Esses são produtos personalizados, que visam sempre a satisfação do turista. O pool é uma situação diferente, mas muito positiva também, afinal são operadores cada qual com seu DNA em vendas. Neste ano, além de nosso portfólio, teremos um produto exclusivo para atender famílias, que são casas com todo conforto. Um produto especial e mais sofisticado são as casas de luxo, algumas com mordomo, camareira e até cozinheiro, tudo para o viajante e sua família não fazer nada, só curtir o destino.
Você teve uma breve passagem pela Flytour e retornou à Visual. Como foi (ou está sendo) esse retorno?
Não diria breve passagem, mas uma passagem e tanta, onde tenho o respeito pelas pessoas que lá encontrei. Com alguns deles já havia trabalhado no passado. Ambas as empresas me ensinaram muito, consegui apresentar um pouco mais do meu trabalho. Mas foi na Visual onde minha atuação ficou realmente marcada. Tenho admiração pela diretoria, na pessoa de Afonso Louro, o qual respeito e admiro muito, e por todos os seus colaboradores.
No final de 2016, Afonso Louro liderou uma reunião com os gestores das 12 unidades da Visual para discutir o planejamento deste ano. Quais foram as diretrizes para 2017?
Na Visual, não existe mistério quando se trata de diretrizes, o que precisamos focar é manter nosso DNA como bons prestadores de serviços, sempre com ética, transparência e respeito nos negócios. Essa sempre foi uma linha de trabalho de nosso presidente, e o ideal é mantê-la mesmo nas horas mais difíceis. Quem conhece a Visual sabe disso.
Quais os destinos mais vendidos pela Visual no ano passado?
Em geral, os destinos mais vendidos são as praias do Nordeste, até porque existe uma grande oferta. Nas viagens internacionais, a coisa mudou um pouco, já que a alta do dólar e a economia instável assustaram o viajante.
A crise econômica e política mudou o comportamento do turista em relação às viagens? Quais as perspectivas para 2017?
Em geral, o viajante está mais cauteloso diante da política econômica e de uma sombra de incerteza, pois tivemos um 2016 turbulento. Mas a indústria do turismo já começa a movimentar no sentido de se reinventar, pois, se ficarmos parados, a coisa não funciona.
Você é um dos profissionais mais respeitados e disputados pelo mercado. Qual é o segredo para ser um bom gestor no turismo?
Sou muito grato ao que aprendi com os gestores com quem trabalhei e trabalho. Quando olho para trás, após 30 anos no setor, consigo avaliar bem os erros e os acertos. Se hoje posso responder a essa pergunta é porque sou grato e devo a essas pessoas. Não poderia nominá-los, porque são muitos. O segredo? Gratidão e otimismo, afinal foi com eles que aprendi quase tudo e continuo aprendendo.
Check-in check-out
Enfim, voos para Jeri (I)
Enquanto autoridades locais falam no início das operações do aeroporto de Jericoacoara (CE) para junho, a Azul Linhas Aéreas anuncia que solicitou à Agência Nacional de Aviação (Anac) voos para o destino a partir de 7 de abril, saindo de São Paulo e Belo Horizonte, com escala em Recife. Em visita a Jeri, em novembro, estive no aeroporto por curiosidade. A pista de pouso já está concluída, faltando apenas alguns detalhes, O início da operação já foi anunciada anteriormente para outubro e novembro de 2016.
Enfim, voos para Jeri (II)
O aeroporto fica no município de Cruz, a 22 km de Jeri, e vai encurtar em três horas a viagem até lá. A Azul pretende ofertar quatro frequências semanais com saída de Recife, em jatos Embraer 195, de 118 assentos. A companhia não divulgou o preço das tarifas. O aeroporto tem a segunda maior pista do Ceará, com 2.200 m extensão por 45 m de largura e capacidade para até 1.200 pessoas por ano, maior e melhor do que de capitais como Porto Alegre (RS), Teresina (PI), Aracaju (SE) e Vitória (ES).
Enfim, voos para Jeri (III)
O terminal de passageiros tem aparência rústica, com detalhes e janelas em parede e vidro e cobertura de taubilhas, espécie de telha em madeira. Ainda estão previstos alfândega, Polícia Federal e um hangar; isso significa que o aeroporto de Jericoacoara poderá receber voos internacionais diretos de Lisboa, Portugal, sem necessidade de conexão em Fortaleza. Se, para alguns empresários, o aeroporto vai introduzir o turismo de massa em Jeri, para outros significa aumento no faturamento.
Guto Jones em Cabrália
Guto Jones assumiu a Secretaria Municipal de Turismo de Santa Cruz de Cabrália, cidade vizinha a Porto Seguro, na Costa do Descobrimento. Segundo Jones, com muito empenho o turismo pode se tornar o carro-chefe do município. “Um destino promissor, mas que precisa de um grande investimento, trabalho e dedicação”, afirmou. Guto já tem mas de 30 anos dedicados ao setor e é figura conhecida do trade desde que foi guia da Soletur, trabalhando ainda na Prefeitura de Porto Seguro e Bahiatursa.
BH-Buenos Aires
Depois da Azul anunciar o voo Belo Horizonte-Buenos Aires, agora é a vez da Gol. A companhia aérea já está vendendo bilhete para o voo que estreia em 5 de março. A operação será em Boeing 737-800, com capacidade para até 170 passageiros, com decolagem do aeroporto de Confins aos domingos, às 23h40.
Parceria Belvitur/Inhotim
A Belvitur é a agência oficial de turismo e eventos do Instituto Inhotim, centro de arte contemporânea e jardim botânico em Brumadinho (MG). A parceria vai oferecer aos visitantes serviços, como hospedagem, venda de ingressos, transporte e alimentação. A empresa também fica responsável pela organização de eventos corporativos e sociais, como os badalados casamentos que acontecem em meio aos jardins do Inhotim. O contato pode ser feito pelo telefone (31) 3290-9119 ou inhotim@belvitur.com.br.