O técnico Cuca mal chegou ao Atlético e bastou uma derrota no clássico para se conjecturar sobre um possível problema interno dentro do clube. Por mais que alguns torcedores já peçam a saída do treinador, que está em processo de conhecer o elenco e montar um time com seu estilo de jogo, essa hipótese é refutada de imediato pela diretoria, que mostra confiança no técnico que levou o Santos ao vice-campeonato da Libertadores de 2020.
"Lamento muito que isso faça parte da realidade do nosso futebol. Ferramentas que poderiam ser usadas para o bem aparecem para a discórdia, é algo que não temos como controlar. Temos falado pouco sobre bola e sabemos que nem tudo estava certo quando vencemos bem o América e nem tudo está errado após o revés diante do Cruzeiro. É uma pena gastar tempo e energia para desmentir boatos", comenta o diretor de futebol Rodrigo Caetano, em entrevista à TV Galo.
"A nossa avaliação do Cuca veio muito antes dele chegar aqui, não só pelo que ganhou com o Galo mas pelo que fez com o Santos com pouco matéria-prima, perdendo vários jogadores e com investimento quase nulo. Não temos dúvida sobre sua capacidade e não vamos fazer avaliação por conta de um único resultado. Ele está entre os melhores técnicos do Brasil e da América do Sul, o trouxemos por acreditar neste trabalho", completa.
Caetano lembrou da importância de dar tempo ao tempo e fazer avaliações sem pressa, lembrando do sucesso de muitos times que souberam fazer investimentos a longo prazo.
"Precisamos ter serenidade para não ter euforia exagerada quando vencermos e acharmos que é o fim do mundo nas derrotas. Estamos no início de um trabalho, tudo é muito recente. Tivemos, há pouco, chegada de jogadores. O Atlético foi um intruso na parte de cima da tabela do último Campeonato Brasileiro, fazendo frente a Palmeiras, Inter e Flamengo, que conseguiram manter suas bases nos últimos anos. Precisamos ter calma para fazer as avaliações", pondera.
O Atlético segue na liderança do Campeonato Mineiro e encara o lanterna Boa no próximo final de semana.