Segundo o último relatório publicado pela FENAUTO (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores), em maio, foram comercializados um total de 6.040.587 automóveis, representando um crescimento no valor acumulado do ano em 6,6%, em comparação aos primeiros meses de 2023. Os números são surpreendentemente positivos, já que no último mês não foram registradas transferências feitas no Rio Grande do Sul. Entre os dias 07/05 e 26/05, às chuvas que assolaram a região resultaram em uma diminuição significativa de 78% nas transações no estado. Em termos nacionais, o impacto chegou a uma queda de 8,2%, na comparação entre os meses de abril e maio.
Bom momento
Em Minas Gerais, no acumulado do ano, foram 767.109 carros vendidos, representando uma elevação de 4,7% em comparação aos cinco primeiros meses de 2023. No mês de maio foram 159.464 veículos vendidos, com uma média por dia útil de 7.248 carros. Também no acumulado do ano, na capital Belo Horizonte, houve aumento nas transações de 10,7% em comparação com o mesmo período de 2023. O dado reafirma os bons números e o excelente momento vivido pelo setor nos últimos anos. Foram 45.224 automóveis vendidos, representando estabilidade em relação ao mês de abril, com 2,7% de automóveis comercializados. A média por dia útil, alcançou os 2.056 carros vendidos, representando leve retração de 2,7% em comparação ao mês anterior, com 2.114 carros.
Gol e Palio
Entre os modelos mais vendidos em Minas Gerais, o Gol da Volkswagem continuou na liderança com 9.484 unidades comercializadas no mês de maio. Em segundo lugar, ficou o FIAT Uno com 6.555, enquanto o FIAT Palio garantiu a terceira posição com 6.431 carros vendidos. Na capital do estado, o Hyundai HB20 liderou com 2.251, seguido pelo Gol com 1.849 e o FIAT Palio, com 1.727 veículos comercializados.
Força do setor
Os dados positivos refletem a força do setor no estado e a importância de ações de fomento e profissionalização, como, por exemplo, o 2.° Congresso Automotivo realizado pela Assovemg, que aconteceu nos dias 18 e 19 de maio, com o tema “Inovações Disruptivas e Transformações Comportamentais”. O encontro reuniu mais de 1.500 pessoas, entre lojistas, palestrantes e empresas. O Congresso contou com a participação de autoridades como o Governador em exercício, Mateus Simões do Partido Novo e a Secretária de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, Luisa Barreto, que reforçaram o impacto deste mercado na economia do estado e a necessidade de desburocratizar os processos de transferência e registro de veículos em Minas.
Capacitação de profissionais
No Congresso, o presidente da Assovemg (Associação dos Revendedores de Veículos do Estado de Minas Gerais) Glenio Junior, reforçou a importância da capacitação dos profissionais deste mercado. “O 2° Congresso Automotivo Assovemg é um evento que representa um marco significativo para a nossa associação e para o setor de Seminovos e Usados em Minas Gerais, além de ser uma plataforma para explorarmos diferentes oportunidades. É uma chance de compartilharmos conhecimento e experiências, e para fortalecer os laços que nos unem como pessoas e como empreendedores”, afirmou.
Serviços puxam alta do PIB
O Produto Interno Bruto (PIB) do país teve alta de 0,8% no primeiro trimestre de 2024. O levantamento publicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no último dia 4, comparou o crescimento com o último trimestre de 2023. Puxado pelo segmento de Serviços, a variação registrou alta de 1,4%, principalmente devido aos setores de Comércio (3,0%), de Informação e Comunicação (2,1%) e de Outras atividades de serviços (1,6%). O dado representa uma continuidade do crescimento do consumo das famílias e alguns fatores que contribuíram para essa alta estão relacionados à melhoria do mercado de trabalho, taxas de juros e inflação mais baixas, além da continuidade dos programas de auxílio governamentais.
Aumento de investimento
Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, algumas atividades se destacaram na alta do PIB em comparação com o trimestre anterior: “O comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, a atividade internet e desenvolvimento de sistemas, devido ao aumento dos investimentos e os serviços profissionais, que transpassam à economia como um todo”. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad, do IBGE) demonstrou que em abril, a taxa de desemprego no Brasil atingiu o menor nível dos últimos dez anos. O dado atingiu os 7,5% ante os 7,9% do mês anterior, indicando o menor índice desde janeiro de 2015. Foram 427 mil novas vagas criadas, expansão de 0,4% e 101,6 milhões de pessoas empregadas.
Corte da Selic
De acordo com o último Boletim Focus publicado, as projeções indicam mais um corte da Selic, a taxa básica de juros, em 2024. A análise revela que a taxa encerrará o ano em 10,25%, com a inflação de 3,88%, acima dos 3,86% projetados na última semana.