Carro oficial dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a segunda geração do Toyota Mirai, primeiro carro movido a células de hidrogênio produzido em série, começou a ser vendida exclusivamente na Califórnia, nos Estados Unidos.

Diferentemente dos veículos comuns movidos a gasolina ou eletricidade por meio de baterias, o Mirai utiliza hidrogênio para alimentar uma célula de combustível que gera eletricidade para acionar suas rodas, emitindo apenas vapor d'água pelo escapamento.

A água do Mirai é potável?

Uma das questões que mais tem circulado nas redes é: a água expelida pelo Toyota Mirai é potável? Um influenciador recentemente decidiu responder a essa pergunta após testar um Mirai.

O influenciador do perfil "The Fast Lane Car" no Instagram ousou provar a água coletada diretamente da válvula de escape do Mirai. Após beber a água, a conclusão foi: "Não tem gosto de nada, é só morna."

Esta água é coletada em um reservatório do carro, que pode ser drenado por uma saída na parte traseira.  Para isto, basta pressionar o botão no painel escrito "H²O", feito justamente com esta finalidade.

A escassez de postos de abastecimento de hidrogênio na Califórnia tem sido um desafio para os proprietários do Mirai, que até resultou em um processo judicial contra a Toyota.

Após abastecer, a célula de combustível do Mirai separa os prótons e elétrons do hidrogênio. Os elétrons passam por um circuito externo para alimentar o carro, enquanto os prótons se combinam com o oxigênio do ar, resultando em água. 

Segurança do consumo

Apesar da ousadia, beber a água expelida pelo Toyota Mirai não é recomendado. A água pode ser contaminada por detritos e sujeiras presentes nos componentes e tubulação do carro devido ao uso urbano e rodoviário. Mas a água pura eliminada pelo Mirai pode, sim, ser reaproveitada para outros fins. 

O consumo humano de água potável proveniente de células de combustível de hidrogênio, em si, está longe de ser uma novidade.  Conforme a própria Toyota, os astronautas a bordo da missão Apollo beberiam água do escapamento de suas células de combustível, que ainda são usadas em missões espaciais para abastecer todos os tipos de kits eletrônicos a bordo.