A prefeitura de Jacareí (SP), no interior de São Paulo, acaba de escalar o conflito com a CAOA Chery à Justiça. O motivo? A fábrica da montadora está parada há três anos. Agora, o prefeito da cidade ameaça desapropriar o terreno.
A unidade fechou as portas em 2022. Na época, a CAOA Chery prometeu reformas para produzir carros elétricos. Mas até hoje, nada foi feito. Os planos nunca saíram do papel.
Por que a prefeitura quer desapropriar?
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, o prefeito de Jacareí, Celso Florêncio (PL), alega que tentou dialogar com a montadora, e queria reativar a fábrica, mas não houve avanços.
A situação se agravou após a doação de parte do terreno para a Acteco Brasil (dona das marcas Omoda & Jaecoo, também do Grupo Chery) em abril deste ano.
Florêncio alega ainda que a Prefeitura de Jacareí cumpriu sua parte. Deu incentivos fiscais e infraestrutura, mas as 3 mil vagas de emprego prometidas nunca viraram realidade. Quando fechou, 485 funcionários perderam o emprego.
Quais são os prazos?
A prefeitura enviou dois ofícios. O último na segunda-feira (21). A montadora tem 45 dias para apresentar um plano de retomada da produção ou uma alternativa concreta para usar o espaço.
Se nada for feito, a prefeitura iniciará o processo de desapropriação, pagando R$ 17,7 milhões pelo terreno.
O valor é referente à diferença entre os R$ 46 milhões investidos pela prefeitura em infraestrutura e incentivos fiscais, e o valor atual do complexo industrial, estimado em R$ 63 milhões.
A CAOA Chery afirmou que ainda não recebeu a notificação judicial, mas não se manifestou se há plano de retomada de produção de veículos em Jacareí (SP).;