Os airbags são dispositivos de segurança essenciais nos carros, obrigatórios desde 2014 no Brasil. Sua eficácia em salvar vidas é inquestionável. No entanto, surge uma dúvida comum entre os motoristas: os airbags têm prazo de validade?

Nesta matéria de serviço, Autotempo vai justamente abordar a questão da durabilidade dos airbags e a importância da manutenção adequada desses dispositivos.

A validade dos airbags

Os airbags são relativamente recentes no mundo automotivo, e sua vida útil exata é indeterminada. O funcionamento dos airbags envolve uma reação química que gera nitrogênio quando ocorre uma redução brusca de velocidade e o sistema determina a necessidade de acionamento.

Essa reação química ocorre em uma fração de segundo, mas a durabilidade dos componentes químicos e da bolsa de nylon utilizada é incerta. Portanto, estabelecer uma data de validade é desafiador.

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Recomendações internacionais

Na Europa, é recomendado substituir os airbags a cada 10 anos, enquanto nos Estados Unidos o prazo é de 15 anos. No Brasil, as autoridades não fornecem uma recomendação oficial, portanto, é importante verificar o que diz o fabricante do seu veículo sobre a manutenção e reposição dos airbags.

Diferentes montadoras possuem posicionamentos variados em relação à validade dos airbags. Por exemplo, a Toyota e a Chevrolet afirmam não haver uma data de validade para os airbags de seus veículos.

Já a Peugeot, por exemplo, estabelece um prazo de 10 anos, indicando a substituição ao final desse período. Portanto, é fundamental consultar as orientações do fabricante específico do seu veículo.

Uso do cinto de segurança é crucial para evitar ferimentos durante o acionamento do airbag

Manutenção e revisão periódica

Embora algumas marcas não forneçam uma data exata para a substituição dos airbags, elas recomendam realizar revisões em profissionais capacitados a cada 5 ou 10 anos.

É importante seguir essas recomendações, pois a manutenção adequada pode identificar problemas potenciais nos airbags e garantir o bom funcionamento desses dispositivos de segurança.

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Caso a luz do airbag acenda no painel do veículo, é crucial procurar um profissional habilitado para analisar o problema. Essa luz pode indicar uma falha no sistema do airbag, e é essencial solucioná-la o mais rápido possível.

Quando o airbag é acionado tem conserto?

Quando o airbag é acionado, ocorre a ruptura da estrutura do painel, volante e outras superfícies do veículo, com o intuito de absorver o impacto durante uma colisão.

Dessa forma, é importante ressaltar que um airbag danificado não pode ser reparado, ou seja, uma vez ativado, todo o sistema precisa ser substituído.

A substituição é necessária devido à impossibilidade de garantir o perfeito funcionamento do mecanismo de acionamento em uma nova desaceleração, considerando os sensores e os componentes químicos do gerador de gás, após terem sido submetidos a um impacto anterior.

Por que quando aciona o airbag dá perda total?

Esse tema tem sido amplamente distorcido. Em geral, o acionamento do airbag ocorre devido a um impacto significativo, criando a percepção de um acidente grave.

No entanto, para considerar um veículo como perda total, os custos de reparo devem exceder 75% de seu valor conforme a tabela Fipe. Portanto, o simples acionamento do airbag não resulta automaticamente na perda total do automóvel.

Na prática, quando o airbag é acionado em um acidente, geralmente o custo de reparo é elevado. Somado isso aos demais gastos necessários para consertar o veículo acaba ultrapassando o valor estabelecido, levando assim à classificação de perda total pelas seguradoras.

Por que airbag queima quando é acionado?

A literatura médica registra casos de queimadura após a abertura de airbag. Um dos primeiros relatos sobre o problema surgiu em 1992, quando um paciente apresentou ceratite química, depois que um airbag do lado do motorista foi acionado.

No entanto, felizmente hoje a indústria automobilística já conta com modelos de airbags mais modernos, que estão empregando menos produtos químicos tóxicos (como, por exemplo, a azida de sódio), diminuindo o risco de queimaduras.