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O primeiro grito de campeão da temporada acontecerá no sábado em Uberlândia. 

O campeonato estadual feminino será decidido novamente entre Praia Clube e Minas.

E não existe favoritismo.

Não mesmo.

O equilíbrio entre os dois times explica a quantidade de partidas decididas apenas no quinto set, independentemente da competição, início, meio ou fim de temporada.

O curioso é que Minas e Praia Clube têm se alternado como vencedores do estadual nos últimos anos.

O Minas foi campeão 2018, 2020 e 2022, enquanto o Praia venceu em 2019, 2021 e 2023.

Para os supersticiosos, nesse caso, 2024 seria ano do Minas.

Os números podem ser apenas uma leve coincidência e um ingrediente a mais na maior rivalidade do Brasil na atualidade.

O Minas tem encontrado mais dificuldade que o Praia Clube nas primeira semanas de trabalho.

Pri Daroit, lesionada, andou desfalcando o time.

Embora não seja uma ponteira definidora, ela faz parte da espinha dorsal da equipe, está entrosada e ajuda no sistema defensivo do Minas.

A holandesa Celeste Plak pode até resolver na frente, dependendo claro do adversário, mas entrega fácil atrás.

Nicola Negro, o dono do Minas, terá que pensar muito na estratégia que será adotada. 

É aquela velha história do cobertor curto.

O sábado em Uberlândia será imperdível.

Será a primeira oportunidade do sócio e torcedor ver de perto Macris com a camisa do clube, a maior atração do Praia, preterida por Jenna Gray no Minas. 

A levantadora pode não admitir abertamente, e seu estilo passa longe disso, mas é óbvio que enfrentar o ex-clube nessas condições e reencontrar Nicola é uma motivação a mais.

Por falar em desafeta, Carol Gattaz, outra que perdeu moral e espaço com Nicola, mas tem linda história no Minas, estará à disposição de Marcão.

A ex-capitã do Minas ainda luta pela titularidade com Adenízia e Milka.

A rivalidade sempre foi boa e interessante para os negócios.

E em alguns casos, uma ardente rivalidade pode se disfarçar em um aparente companheirismo.