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É preciso falar do Praia Clube. E o blog não se refere ao vitorioso projeto do feminino, absolutamente consolidado. É o time masculino tem chamado atenção nesse início de Superliga.
A má campanha no estadual, quando ficou fora da decisão, deixou a sensação de interrogação e desconfiança. É verdade que o Praia caiu no Mineiro para o Sada/Cruzeiro, campeão, e Minas, vice, ou seja, aparentemente dentro do script.
O projeto masculino tem algumas semelhanças com os movimentos iniciais do time feminino, duas décadas atrás, e hoje reconhecidamente uma das maiores forças do continente.
A saída de Araguari foi o primeiro passo. Nada contra a cidade que segue investindo, só que agora voando com as próprias pernas.
O apoio do Sada/Cruzeiro, emprestando peças que não foram aproveitadas, mas capacitadas tecnicamente, ajudou a formar a base do Praia. As chegadas de Lucas Loh e principalmente Franco mudaram o time de patamar. Ex-jogadores de seleção e nomes de respeito no mercado. Atletas como Maicon, Pietro, Eliezer e Pedrinho ganharam corpo, maturidade e confiança. A contratação do bom e experiente Fabiano Magoo, que só não deu certo em Suzano, foi cirúrgica.
A evolução do time sob comando dele é inquestionável. A vitória contra Campinas, no conhecido salão de festas do Taquaral, foi o resultado mais expressivo do projeto na Superliga. E não dá para esquecer que os investimentos financeiros dos dois clubes são incomparáveis, o que valoriza ainda mais os 3 pontos. O Praia fez 3 a 1 jogando de igual para igual, se impondo desde o início, mostrando coragem e personalidade.
É cedo para dizer até onde poderá chegar. O Praia chegou para a disputa da Superliga na quarta prateleira, distante dos favoritos. E agora?
São 5 jogos, 3 vitórias, duas derrotas e a terceira colocação na classificação. Os resultados negativos aconteceram diante do poderoso Sada/Cruzeiro na estreia e depois para Joinville, fora de casa, por 3 a 2. Na sequência vieram as 3 vitórias consecutivas contra Guarulhos, São José e Campinas e que sugerem o Praia Clube um degrau acima na prateleira.
O cenário atual e os próximos jogos mudam o status do time que entra como favorito contra Goiás, Blumenau e Suzano.
A pressão muda de lado. Se o Praia irá ou não confirmar e assumir a responsabilidade é outra questão.
E por falar em comprometimento, não dá para esquecer do Mundial de Clubes, um peso enorme e que engrandece o projeto. Uberlândia irá sediar o evento entre 10 e 15 de dezembro.
No caso do time masculino do Praia Clube, visibilidade tem gerado credibilidade e consequentemente oportunidades.