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É curioso.
O Praia Clube lidera a Superliga e está classificado para a próxima fase da Copa Brasil.
Acontece que o time ainda não conseguiu convencer o torcedor na temporada. E o jogo contra o modesto e esforçado Maringá foi mais um exemplo.
O Praia sofreu além do limite aceitável.
Diferente do que a maioria cria ou sugere, todo mundo sabe que a classificação em nenhum momento esteve ameaçada.
Mesmo a partida sendo resolvida apenas no tie-break, por opção, diga-se de passagem, do próprio Praia Clube, o grande não cai para o pequeno e sempre prevalece na hora da decisão.
Fato.
Quantas vezes já vimos esse filme.
São fatores como o peso da camisa, tradição, projeto, experiência e qualidade técnica individual.
A discussão é por que o Praia Clube não consegue ser regular e continua alternando momentos de altos e baixos?
O que se viu diante de Maringá, aconteceu pelo menos 3 vezes na Superliga quando o time, em determinados momentos contando com sorte, venceu Flamengo, Fluminense e Osasco.
E não custa lembrar que o não menos instável Bauru, adversário na semifinal da Copa Brasil, foi o único que derrotou o Praia na Superliga.
O tema incomoda.
A principal justificativa passa pelo fato do técnico Marcos Miranda raramente poder contar com o elenco 100% fisicamente e conviver com lesões.
Não é bem assim, afinal os outros dois postulantes ao título, Osasco e Minas, também administram situações semelhantes.
Ou não?
Alguns vão dizer, e com boa dose de razão, que Minas e Osasco sofrem dos mesmos apagões e ainda não convenceram seus respectivos torcedores.
Pode ser.
Mas o Praia é o que mais investiu, tem o maior orçamento do Brasil e o time reserva, para ter noção, se classificaria com sobras entre os 8 primeiros.
Ninguém tem tantas opções.
O Praia Clube tem obrigação de jogar muito mais, sobrar contra os pequenos e minimizar os constante e desnecessários sustos.
O mais engraçado é que esse mesmo Maringá, apenas 4 pontos da zona do rebaixamento e lutando pela sobrevivência, cruzará o caminho do Praia Clube novamente na próxima rodada da Superliga.
Há uma enorme diferença entre vencer e convencer.