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É sempre assim: todo início de ciclo olímpico gera expectativa.

E esperança, claro.

O passado é lição para refletir, não para repetir.

A mudança do calendário com o Campeonato Mundial sendo disputado a cada dois anos exige nova estratégia.

A VNL não é laboratório.

Nunca foi.

José Roberto Guimarães, conhece a matéria, e sabe no íntimo que a cobrança será rigorosamente a mesma.

Sempre foi assim, sempre será.

É preciso minimizar tempo.

Uma coisa é Superliga, outra é seleção brasileira.

Isso não muda.

Existem jogadoras 'caseiras' e que não seguram o peso da camisa da seleção. 

Nem é bom tentar.

Prejuízo certo.

José Roberto Guimarães não pode se iludir com os números aplicados internamente na Superliga, essa bobagem de Viva Vôlei ou maiores pontuadoras.

A realidade lá fora é completamente diferente.

É preciso renovar.

Arriscar.

Escolher algumas peças e investir gradativamente.

Nomes como Aline Segato, Helena, Jheovana, Lorrayna e Luzia precisam ser inseridos no processo.

Natinha, naturalmente, assume a função de Nyeme.

E quem seria a reserva?

E Kisy, incógnita, aceitará a convocação?

Há quem diga que Lorenne ainda é um risco. 

Não é possível. 

Uma terceira levantadora, aquela que será cortada para o Mundial, até porque Macris e Roberta estarão em LA, precisa ser avaliada e preparada.

Marina Sioto é um bom exemplo.

Promissora.

Mas ganhar na base não significa necessariamente êxito na seleção adulta. Quantas já ficaram pelo caminho.

O modo pinga-pinga, adotado pela CBV, é ruim e desnecessário.

Mas é o que temos.

A relação das intocáveis, além das levantadoras citadas, traz ainda Gabi, Carol, Diana, Julia, Julia Bergmann, Ana Cristina e Rosamaria.

As tradicionais 'convidadas' devem engordar a lista e ajudar nos treinos, afinal as 'intocáveis' terão férias. 

Método válido.

Mas sem exageros, afinal quantidade sem qualidade é problema.

E já está provado que não é a quantidade que faz a diferença, é a qualidade.