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Frustração é a dificuldade de aceitar que não se sabe nada.

A eliminação do Minas, segundo colocado, para Suzano, sétimo, era crônica de uma derrota anunciada.

Uma sucessão de erros, de fora para dentro, que se arrasta no clube faz tempo.

Planejamento ruim, técnico fraco, contratações equivocas, apostas insensatas e orçamento mal executado.

Aqueles que dirigem o Minas não entenderam que teimosia não é persistência, é falta de sabedoria e humildade.⁠

O iraniano Javad Karimi é um dos exemplos.

Não respondeu, não convenceu, não resolveu e teve o contrato renovado.

Enquanto o estrangeiro é valorizado, o prata da casa vira segunda opção.

Tudo errado.

Não poderia dar certo.

Não por acaso, a falta de ambição e coerência motivou jogadores como Paulo, Arthur, Isac, William e Maique puxarem o barco.

E há quem considere normal a tradicional debandada todo fim de temporada.

Não.

O Minas, lamentavelmente, se acostumou a perder e aceitar as derrotas e constantes eliminações naturalmente. 

O vôlei masculino perdeu status e a camisa, respeitada historicamente, não assusta mais. 

O que existe é uma inaceitável inversão de valores.

Diretores, gestores e supervisores, muitas vezes ultrapassados, agarrados aos cargos.

O Minas de nova mentalidade.

E mudar.

Segundo consta, a mudança é uma porta que só pode ser aberta por dentro.