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A lógica nem sempre tem razão.
Difícil explicar o inexplicável.
É bem provável que José Roberto Guimarães também não encontre resposta.
Fato é que desde a lesão de Ana Cristina no jogo contra a França, ou a partir da saída dela, o Brasil foi outro em Chiba, no Japão.
Surpreendente.
Sem a ponteira, maior pontuadora da seleção e destaque na VNL, o time apagou a má e preocupante imagem diante de Bulgária e França e decolou enfrentando Polônia e Japão.
A dupla Julia Bergmann, na versão original e passando longe da saída de rede, e Gabi, resolveu.
A sensação é que a seleção fica mais equilibrada e menos vulnerável na recepção.
Julia não é referência na função, mas passa mais segurança do que Ana Cristina quando o tema é passe.
Está em grande fase.
Em tese, somente uma delas teria espaço no time titular, e com Gabi em quadra.
Julia teve ótimo aproveitamento no ataque, números que ganham mais status quando o adversário é o Japão.
É óbvio que o melhor dos cenários seria Ana Cristina estar à disposição da comissão, algo que não acontecerá.
Esquece.
Não adianta lamentar o que passou, ou fechar os olhos para realidade.
E a realidade é que Julia Bergmann, independentemente das circunstâncias, assumiu o papel de protagonista no Japão.
Na hora certa.
É aquilo: tudo tem uma razão lógica, que a comissão desconhece ainda, mas tem.