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Qual será a desculpa da vez?

Há coincidências que são coincidências demais para serem coincidências.

O novo fracasso das seleções de base do Brasil reflete a incompetência e o descaso de anos da atual gestão da CBV, Confederação Brasileira de Vôlei.

Um buraco sem fundo.

É inacreditável e revoltante constatar como os dirigentes simplesmente destruíram e jogaram no lixo todo o trabalho executado na gestão passada liderada por Ary Graça e comandada por Luizomar de Moura e Antônio Rizolla.

A CBV, verdade seja dita, se transformou em cabide de emprego.

O que se vê hoje nas comissões técnicas é uma interminável troca de treinadores, um pior que outro, critérios questionáveis e os resultados não mudam.

O oitavo lugar da seleção feminina sub-19 no Mundial da Croácia escancara o despreparo dos profissionais envolvidos dentro e fora de quadra.

Maurício Thomas e sua trupe conseguiram andar para trás, ou seja, piorar o que era ruim.

Incrível: a pior escolha parece ser sempre a próxima.

Seria covardia, e de certa forma injusto, criticar ou bombardear as jogadoras que (ainda) podem ter salvação.

Algumas sim.

Nem todas são inocentes e o correto seria falar em divisão de responsabilidade, afinal a gritante falta de talento também tem colaborado para os sucessivos fracassos.

O Sistema, entretanto, liderado por Radamés Lattari, é o grande vilão.

O Sistema, eleito por unanimidade, não para de fazer vítimas nas categorias de base.

⁠E nada é mais angustiante quanto o buraco da incerteza sobre o futuro.

É aquilo: pior do que achar normal ser errado, é considerar burrice ser correto.