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A Grécia merece uma linha.
A primeira fase, diante da fragilidade dos adversários, deveria passar despercebida para o Brasil, mas não foi o que aconteceu.
Há quem diga que a França evoluiu, que as naturalizadas estejam fazendo a diferença, mas ainda assim o sufoco e a sofrida vitória por 3 a 2, assim como na VNL, são difíceis de aceitar com a facilidade exigida pelos envolvidos.
Porto Rico, para ser ter noção, que se enquadra no mesmo cenário da Grécia, venceu um set contra França, ou seja, há controvérsias.
Fato é que toda situação ruim tem o seu lado bom, assim também como toda a situação boa tem o seu lado ruim.
O ruim é achar uma solução boa que dê equilíbrio para ambas situações.
O Brasil, de José Roberto Guimarães, ainda não encontrou. E procura desde a Olimpíada de Paris.
O cenário na Tailândia é exatamente o mesmo registrado na VNL.
Toda escolha, tem sempre, um lado bom e outro lado ruim.
O bom é que Macris e Rosamaria entraram e decidiam. O ruim é que Roberta e Kisy começaram e não resolveram.
Mas a praticidade de uma coisa não pode e não deve nos levar ao exagero de outra.
O que isso significa dizer?
A resposta é simples: todas as jogadoras são extremamente importantes, mas nenhuma delas consegue se firmar. E consequentemente, a comissão técnica ainda não encontra o time titular.
O Brasil, nesse caso, é uma constante inconstância.
O passe talvez tenha sido o maior problema contra a França.
A melhora no fundamento a partir do terceiro set permitiu a seleção jogar com velocidade.
E foi justamente quando apareceu o jogo de Macris, que funciona muito bem com Rosamaria, na bola veloz, e abusa das centrais.
A questão é saber como será o Brasil das oitavas, contra China ou República Dominicana.
Macris ou Roberta?
Rosa ou Kisy?
Sim, porque a escalação diante de Porto Rico não determinará nada, afinal o adversário não serve como parâmetro.
O Brasil de hoje tem um lado bom e um lado ruim. Cabe a comissão técnica escolher para qual deles irá olhar.
É aquilo: o pessimista reclama do vento, o otimista espera que ele mude, o realista ajusta as velas