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O Brasil não pode reclamar da sorte.
O cruzamento nas oitavas de final do Mundial não poderia ser melhor.
A República Dominicana, do competente e estudioso Marcos Kwiek, é conhecida e freguesa da seleção brasileira.
Normalmente não dá jogo, como no recente encontro da VNL meses atrás.
O histórico é amplamente favorável ao Brasil.
A última vitória da República Dominicana aconteceu em 2019, na etapa de Brasília da VNL. O jogo terminou 3 sets 1.
De lá para cá, só deu Brasil.
São 6 anos de invencibilidade.
É verdade que o Brasil da primeira fase não empolgou. Aliás, vamos combinar, nenhuma seleção encheu os olhos nas 3 partidas pela fase de grupos.
Talvez o jogo mais surpreendente, aliado ao desempenho, e não pelo resultado, tenha sido China x República Dominicana, justamente aquelas que cruzarão o caminho da seleção na Tailândia.
Há muito tempo, pelo menos 2 anos, não se via as chinesas jogarem tanta bola.
Uma seleção que evoluiu rápido em relação ao (fraco) desempenho apresentado na VNL, ganhou na parte física, ponteiras seguras e velocidade pelas mãos de uma menina de 16 anos.
E não é que a República Dominicana não tenha jogado. Foi a China que não deixou.
No caso das oitavas, a receita para o Brasil manter o tabu é bem simples: responsabilidade, atitude e principalmente postura.
A comissão técnica da seleção brasileira não gosta desse rótulo de favorito.
Mas não dá para fugir.
Não quando do outro lado da quadra está a República Dominicana.
É aquilo: o preço da grandeza é a responsabilidade. E responsabilidade não se transfere.