O vôlei com conhecimento e independência jornalística

Não é segredo para ninguém.

A opção está escancarada.

A Superliga tem sido uma prévia, o Mundial foi uma constatação.

Nos bastidores, Minas e Nicola Negro não escondem a prioridade e preparam Júlia Kudiess para substituir Carol Gattaz e assumir a posição na próxima temporada.

Normal, direito do clube.

A questão é como o processo está sendo conduzido pela comissão técnica.

O blog apurou que a relação, como se diz na gíria, azedou.

Carol, como de hábito, tem se mostrado extremamente profissional, treinado normalmente e aceitado a decisão de Nicola Negro.

Só que aceitar é uma coisa, concordar é outra.

Direito dela, também.

Não há transparência.

Carol Gattaz tem contrato até maio de 2023.

A jogadora, vice-campeã olímpica e mundial, se considera em forma e é uma das líderes do time.

Há quem diga que Carol se sentiu desprestigiada e desrespeitada pelos 8 anos de serviços prestados ao Minas.

Por um lado faz sentido até porque ela está longe de ser a responsável pela má fase do time, mas a transição faz parte do esporte.

Fecha-se uma porta, abre-se uma janela.

Carol, respeitando o corpo e conhecendo suas limitações, ainda tem mercado. Aos 41 anos e muita estrada, obviamente já entendeu indiretamente o recado.

A justificativa de 'poupar' não cola.

A condição de capitã ela não perdeu e não perderá.

A posição está ameaçada. O Minas decidiu por Júlia, que tem potencial, e não vai abrir mão da renovação.

Ainda assim, o tema exige cautela.

A única certeza é que a lua de mel entre Minas e Carol está com os dias contados.