O gol de Paulinho, que decretou a vitória do Atlético sobre o Vasco na última quarta, na Arena MRV, foi duplamente importante. Pro time, que leva a vantagem pro Rio, e pra ele, que vinha sofrendo críticas desproporcionais de parte da torcida e vai, enfim, ter dias de paz pela frente - inclusive pra cuidar do problema físico que enfrenta.
O camisa 10 vivia, de fato, uma fase ruim nas finalizações. Perdeu chances claras de gol em alguns jogos, é verdade, mas, ao meu ver, não vinha jogando mal. Sempre foi peça importante pro funcionamento do time, com movimentação, construção de jogo e abertura de espaços, o tipo de coisa que não é todo mundo que vê.
O torcedor médio olha pros números, mas só quando convém. Os sete jogos sem marcar eram inadmissíveis pra alguns, mas os quase 50 gols em pouco mais de um ano e meio eram “obrigação”. Três gols perdidos bastam pros cornetas chamarem o artilheiro do último Brasileirão de “bagre”, mas os mesmos desconsideram que, entre jogadores de times de Série A, ninguém (!) participou mais de gols em competições nacionais e internacionais desde 2023 que Paulinho. Foram 51 participações (gols + assistências) no período.
Os números por si só deveriam ser suficientes para defender Paulinho. Como não são, faço a minha parte. E, infelizmente, sabemos que existem outros elementos na “equação do ódio”. Prefiro não discorrer sobre o tema, mas vocês sabem do que estou falando. Fato é que os haters terão dias de silêncio pela frente. Que alívio!
Descanso merecido pro camisa 10 que, além de conviver com o festival de chatos, enfrenta, neste momento, um problema físico relevante. Ele tem atuado com dores na perna, precisando de injeções pra ter condições de jogo nas copas. O próprio atleta confirmou isso à imprensa na última quarta. Por isso não tem atuado no Brasileirão. E por isso defendo que tenha 15 dias de descanso (até o dia 19, data do jogo de volta contra o Vasco).
Pelas poucas informações que foram repassadas, sabemos que o problema é no osso, e não muscular. Não sabemos exatamente o que Paulinho tem, já que o clube segue com a cultura de esconder o máximo que pode, como se explicar qual é o problema fosse gerar um gol pro adversário.
Como não temos clareza na informação, resta a especulação. Um edema ósseo, talvez? Pelo que diz o Dr. Google (jamais confiem!), o repouso é um dos principais tratamentos. Talvez por isso ele tenha treinado pouco com o grupo nas últimas semanas - novamente, segundo ele mesmo. Que descanse o máximo possível até o dia 19, então.
O Galo não vai descansar. Tem Vitória e Grêmio pela frente, pelo Brasileirão. É claro que nossa posição na classificação da Série A preocupa. A distância pro G-6 (ou G-7, ou G-8) é maior do que esperávamos, mas estamos em duas semifinais. O “all-in” é compreensível, mas pra apostar tudo é essencial confiar muito nas cartas que tem na mão. Na carta “Paulinho” eu confio. Muito. Espero que você também.
Melhoras, meu 10! Vamos, Galo!