No dia 1º de abril de 2023, o Atlético anunciou, nas redes sociais, a contratação de um argentino completamente desconhecido no futebol brasileiro. Rodrigo Battaglia vinha do Mallorca, da Espanha, pra reforçar o setor de meio-campo, que tinha poucas opções naquele momento (Allan, lesionado, deixaria o clube meses depois, a caminho do Flamengo). No dia da mentira, chegava ao Galo um líder de verdade.
Battaglia foi uma indicação de Eduardo Coudet, com quem já havia trabalhado. Gracias, Chacho. Que jogadoraço! Como volante, é bem verdade, não mostrou nada de outro mundo, pelo menos não tecnicamente. Como zagueiro, com Gabriel Milito, encontrou sua melhor versão. Mas o que chama atenção nem é a qualidade técnica, e sim a postura. Battaglia, hoje, é um capitão do time sem a faixa no braço.
Trabalhei por três anos como repórter de beira de campo e acompanhei, dali, vários jogos do Galo com Battaglia. Chama atenção a liderança do argentino. Orienta, grita, posiciona e não tem medo de cobrar, seja quem for. No domingo, no Maracanã, viralizou uma imagem de uma discussão de Battaglia com Hulk, e o camisa 7 elogiou o companheiro na zona mista, destacando que foi uma discussão de quem quer vencer.
Battaglia claramente quer vencer. Quer muito. Deixa tudo em campo e, recentemente, deixou também gols importantíssimos (contra São Paulo e San Lorenzo). Contra o River, no Momunental, alcançou o recorde histórico de 20 cortes em uma mesma partida da Libertadores. Tá jogando muito e fazendo sua parte pra que todos ao seu redor joguem muito também.
Hoje, não há dúvidas, a escalação ideal do Galo tem Battaglia + 10. Que o espírito do nosso zagueiro-volante seja incorporado por todos os nossos jogadores no próximo domingo, na Arena MRV. Eu sei que tem jogo na quarta, contra o Atlético-GO, pelo Brasileiro, mas só consigo pensar na final. Com a força da Massa, a raça de Battaglia e a qualidade de todos os nossos jogadores, vamos buscar!
Eu acredito!