Foi no estilo Galo. Com emoção, nos pênaltis, de virada. Já economizou a ida ao cardiologista de muita gente. Se o coração aguentou ontem, tá funcionando bem. O Atlético eliminou o Flamengo e avançou às quartas de final da Copa do Brasil. E o feito deve, sim, ser muito valorizado.

É claro que do lado de lá vão tentar desmerecer a classificação. Vão dizer que o Flamengo nem queria a Copa do Brasil, que não era prioridade e blablabla. Quando vencem, amam encher o peito pra dizer que o elenco deles é o melhor do país e que os reservas seriam titulares em qualquer lugar (o que não é mentira), mas, quando ganham, têm uma dificuldade (histórica) de reconhecer o mérito do adversário. Problema deles. A vaga ficou em BH.

Não gostei da escalação inicial e acho que Cuca precipitou a volta de Arana. Com um meio-campo pouco combativo (apesar da partidaça de Alan Franco), o Galo fez um primeiro tempo muito ruim. Mereceu perder (até por mais gols). No segundo, porém, arrumou a casa, incomodou o adversário e teve chances de empatar. Eles também tiveram chances de ampliar, o que é normal num jogo desse tamanho.

No fim das contas, a resolução ficou pras penalidades. E aí não tem jeito, quem tem São Everson do Califórnia sempre sai ganhando. O craque das luvas pegou um pênalti, converteu outro e garantiu (mais uma) classificação pro Galo. Ídolo! Atleticano que pega no pé do Everson precisa rever seus conceitos, se é que ainda existe algum.

Eu venho escrevendo aqui há algumas semanas: a chave virou. E virou desde a classificação contra o Bucaramanga, também com Everson protagonista. Passamos a jogar mais bola (exceção feita ao primeiro tempo dessa quarta), o elenco tem salário em dia, reforços estão chegando. O clima, que estava muito esquisito há 15 dias, já melhorou bastante. Por isso, digo: é hora de jogar junto.

Estamos nas quartas da Copa do Brasil e nas oitavas da Sul-Americana. Podemos não ser favoritos aos títulos, mas somos candidatos, sim. Por que não? O suposto favorito já ficou pra trás, não ficou? E foi eliminado por nós, não foi? Pois bem. É hora de abraçar esses caras, entupir a Arena daqui pra frente e acreditar.

Se vem taça ou não é impossível saber. É futebol e tudo pode acontecer. Há muitas variáveis. Mas, ao que tudo indica, seremos competitivos. E, no fim das contas, é só disso que o atleticano precisa pra ser feliz: ver o Galo sendo competitivo, brigando, lutando, honrando o nome de Minas no cenário esportivo mundial, como diz o hino mais bonito do planeta.

Seguimos juntos. O Galo nunca luta sozinho.

Classificados!

Saudações.