Saudações, meu caro leitor atleticano. Parabéns pela classificação! Ela é de todos nós. Dos 41 mil que estiveram na Arena, superando o problema de acústica na força do gogó, mas também dos milhões que mandaram energia positiva à distância. E, claro, dos 11 (ou 15) em campo. Cumpriram perfeitamente a cartilha do mata-mata. Gabaritaram a prova da copa. E o atual campeão ficou pelo caminho.
Se tiverem um tempinho, peguem o meu texto de ontem, neste mesmo espaço. O que eu cobrei ali foi rigorosamente o que o Atlético demonstrou. Impossível não estar orgulhoso. Jogo de mata-mata não é território pra espetáculo. É palco pra competição, transpiração e muita, muita atenção. Um vacilo joga tudo fora. Numa classificatória equilibrada como essa, o Galo não podia se permitir errar. E não errou.
Claro que pequenos erros fazem parte. São humanos. Mas o que vimos na Arena foi um time ligado e disposto a brigar por cada centímetro do gramado - que não está bom, mas deu uma ligeira melhorada. Alonso, Arana e Franco foram guerreiros. Superaram o cansaço da Data Fifa e foram muito bem. Franco é o típico jogador que todo técnico ama. Não é brilhante, mas joga pro time. Ajuda em qualquer lugar do campo. Não se preserva. Esses caras são essenciais em jogos assim. Saravia e Battaglia também merecem menção honrosa.
Hulk deve ter algum problema pessoal com o São Paulo, só pode. O homem se transforma (mais que o normal) quando vê a camisa do tricolor paulista do outro lado. Jogou muito, de novo. Paulinho não pode perder um gol daqueles, eu sei, mas é importante demais pro time. Perde muitos gols porque é dos melhores do Brasil na movimentação pra gerar chances de perigo. Podem cornetar, faz parte, mas valorizem. Ainda vamos precisar muito dele.
O São Paulo, atual campeão, ficou pelo caminho. Que venha o Vasco na semifinal. Antes, tem Brasileirão e Libertadores. Na Série A, é hora de recuperar desempenho. Precisamos ver um time com mais volume, mais criatividade, mais repertório, mas sem perder segurança. Contra o Flu, na Libertadores, vou cobrar o que cobrei ontem (até porque em time que está ganhando não se mexe): concentração. Bora pra próxima guerra!
PS: Otávio, volta logo, meu filho. Você faz falta demais!