Quartas de final de Libertadores. É nosso compromisso do dia. Vou repetir: quartas de final de Libertadores. Antes de hoje, sabe quantas vezes jogamos essa fase do maior torneio do continente? Cinco. Aconteceu em 2000, 2013, 2016, 2021 e 2022. É bom lembrar esse tipo de coisa porque é bem comum a gente esquecer o tamanho do que estamos vivendo.
Hoje, por exemplo, a preocupação pela ausência do Saravia pode falar mais alto. Ou a chateação com o planejamento da diretoria, que não buscou outra opção pra lateral direita. Eu entendo. Mas vou refrescar sua memória: sabe qual jogo nós jogamos com um lateral reserva que deixava muitas dúvidas? Só o jogo mais importante de nossa centenária história: contra o Olimpia, na final de 2013.
Michel Macedo foi o titular naquela partida. Marcos Rocha estava suspenso. Carlos César estava machucado. Michel tinha feito cinco jogos pelo Galo antes daquela noite (três como titular). Era uma preocupação antes do jogo, evidentemente. Deu tudo certo.
Não estou defendendo que a gente feche os olhos e não questione os erros. Só estou propondo (de novo) que a gente deixe todos eles na gaveta por algumas horas. Precisamos tirar confiança e autoestima de onde tiver pra disputa de mais tarde. Temos falhas e inseguranças, mas o Fluminense também tem. Se o Brasileiro do Galo é frustrante, o do nosso adversário de hoje é mais ainda. É o primeiro time fora da zona de rebaixamento da Série A.
Acreditar é obrigação. Estamos aqui e vamos pra luta com o que temos. Goste ou não de Gabriel Milito, ele é nosso treinador. Que tome as melhores decisões e que seja coroado com a classificação. “Ah, mas fulano não está jogando nada”. Que fulano (vale pra vários) viva a melhor versão hoje, então. Precisamos de todos. Não é dia pra pessimismo.
Lembram do péssimo jogo contra o Fluminense no Brasileiro? Escrevi, neste mesmo espaço, que a autoestima atleticana foi pro saco depois daquele dia. Que partida tenebrosa. Não gosto nem de lembrar. Pois bem: dias depois fomos ao Morumbi, contra o atual campeão da Copa do Brasil, fizemos uma partida segura, vencemos os caras lá dentro e confirmamos a classificação em casa. Futebol, gente.
Retrospecto não entra em campo, fase não entra em campo. Na Libertadores, estamos a cinco jogos da Glória Eterna. Na Copa do Brasil, faltam quatro. Se o Galo nos orgulhar nesses nove jogos, pouco importantes terão sido os outros 50.
Quartas de final. Se passarmos do Fluminense, chegaremos à semifinal da Libertadores pela terceira vez na história (!). Hoje, repito, nada mais importa. Tranquem o pessimismo na gaveta, e de lá tirem a camisa da sorte. Vamos, Galo!
Saudações!