Nesta sexta, último dia de fevereiro, fechou a janela internacional de transferências do futebol brasileiro. A partir de amanhã, ninguém entra e ninguém sai, pelo menos até o dia 10 de março, quando abre a “janela de exceção” (para transferências internas). Hora de fazer uma análise mais ampla do elenco.
Pra mim, o elenco atual tem um nível bem parecido com o do fim do ano passado - talvez ligeiramente melhor. Algumas posições tiveram melhoria (lateral-direita e ataque, por exemplo), enquanto outras pioraram (o meio-campo precisa de pelo menos mais um reforço, ao meu ver). Mas uma coisa é fato: o atual elenco é mais equilibrado e oferece ao treinador mais alternativas. Esse time, longe de ser perfeito, tem a cara do Cuca.
Nos últimos dias, vi uma entrevista do Rubens Menin empolgado com o atual elenco, que definiu como um dos melhores da história do clube, comparando com times de 2021, 2013 e alguns do século passado. Aí já não concordo. Os grupos de jogadores dos anos mais vitoriosos do Galo eram melhores do que o atual. De toda forma, também não concordo com a parte mais extremista da torcida que julga o atual elenco como ruim. Está longe de ser ruim.
O problema é que o futebol brasileiro está, a cada ano que passa, num nível mais alto. O ataque do Palmeiras pro primeiro semestre de 2025 terá “apenas” Veiga, Paulinho, Estevão e Vitor Roque. É desse padrão de concorrente que estamos falando quando vislumbramos títulos. Vejo o Galo uma prateleira abaixo, o que não significa muita coisa. Futebol é dentro de campo.
Cuca pode encaixar (como vem encaixando) o time e fazer um grupo nota 7 se transformar num timaço. O elenco que temos também pode sucumbir aos vários jogos do ano e não ter forças pra disputar com os mais endinheirados. As duas possibilidades existem, e é claro que vamos torcer pela primeira. Essa é a graça do futebol: não é matemática.
Ano passado, mesmo com as lacunas que tínhamos no elenco, chegamos a duas finais, e se Milito e Vargas (entre outros) tivessem em dias mais inspirados, a história poderia ser diferente. As lacunas hoje são outras, mas ainda existem. Tomara que a gente supere todas elas, chegue longe e, claro, escreva capítulos finais mais agradáveis.
Saudações.