No dia 15 de março, há 40 dias, o Atlético confirmava o sexto título consecutivo do Campeonato Mineiro e deixava boas impressões. Sobrou no Estadual, é verdade, mas, em pouco mais de um mês, o otimismo se transformou em preocupação. As fichas começaram a cair.
Nos últimos dias, Paulo Bracks e Victor Bagy deram entrevistas dizendo que, durante os primeiros meses do ano, não existiam críticas sobre o elenco do Atlético. Não é verdade. Sempre existiram, inclusive por parte do treinador. Os bons resultados contra os adversários inferiores do Mineiro iludiram muita gente, é verdade (eu, inclusive), mas que o elenco era curto todo mundo sabia, e agora esse problema se somou a outros.
Como se não bastasse a pobreza de alternativas (que piora em função dos desfalques), o time vive um péssimo momento em vários aspectos. Repertório, desempenhos individuais, encaixe de marcação, confiança, entre outros. Se naquele bom momento emplacamos nove vitórias seguidas, na atual sequência temos só duas vitórias nos últimos nove jogos. A fase virou. E quem não está (muito) preocupado não está vendo os jogos.
A meta do Galo, pra mim, é chegar vivo na pausa no meio do ano. Chegar vivo é classificar na Sul-Americana (o que vai acontecer, porque o grupo é horrível), chegar fora da zona de rebaixamento do Brasileiro e vivo na Copa do Brasil. Sobre essa última, sinceramente, tô com um medo danado.
No meio da próxima semana, o Atlético inicia a disputa da terceira fase contra o Maringá, no Paraná. Na atual situação, esse adversário, da Série C, já me deixa bastante receoso, e uma eventual eliminação seria catastrófica pra temporada. Não gosto nem de pensar.
Espero que, aos trancos e barrancos, a gente chegue até junho em condições de ajustar a rota. Se bem que, pra isso, a gente precisa de um reconhecimento dos erros cometidos e, principalmente, de investimento. Parece que não querem fazer nenhuma das duas coisas.
Tá complicado.
Saudações.