Desde a eliminação no Campeonato Mineiro, o torcedor do Cruzeiro tem apenas ouvido falar dos trabalhos que estão sendo conduzidos pelo técnico Leonardo Jardim. As informações são positivas, corroboradas pelos próprios jogadores e também os dirigentes do clube. Mas claro, falta uma amostragem real e material do que vem sendo desenvolvido neste longo período sem jogos oficiais. 

Neste sábado, esta espera angustiante terá um fim, já que a Raposa entrará em campo contra o Bragantino, com transmissão da TV, e será possível avaliar quais as novidades e modificações foram trabalhadas por Jardim.

Passa-se uma borracha neste primeiro ato desastroso da temporada e inicia-se um novo momento, com pontos de atenção a serem observados. A começar com a possibilidade de Villalba surgir como uma opção na lateral-esquerda, dando uma encorpada na defesa, grande preocupação do início de ano. No meio-campo, Walace pode estabelecer-se em uma luta por posição com Romero, já que a cabeça de área do Cruzeiro também deixou a desejar na trajetória do Mineiro. 

Sem Matheus Pereira, que segue na expectativa pelo nascimento do filho, Eduardo pode ser uma opção, liberando Matheus Henrique, como aconteceu no segundo jogo da semifinal do Mineiro, e ainda termos um quarteto ofensivo, acionando Kaio Jorge, com Dudu, Gabigol e Wanderson. 

Pelo que tem sido dito, Wanderson tem agradado bastante nos treinamentos, despontando como uma solução imediata para a ponta direita. 

Agora é aguardar o que será feito por Jardim, que pode até mesmo optar por esconder o time e fazer outros tipos de teste neste confronto. Mas é claro que todos esperam que ele abra o jogo com aquilo que considera ideal para a estreia contra o Mirassol no Brasileirão. 

Como o mister deseja rodar bastante o elenco, as opções que virão do banco precisam ser também observadas, até para entender quem sai na frente em termos de aproveitamento para mudar a dinâmica de um jogo, explorando também variações táticas, já que muitas vezes o Cruzeiro mostrou-se um time bem previsível e facilmente envolvido pelos adversários. 

Acima de tudo, o que se espera neste ensaio é que o time mostre repertório, evolução, correção de erros e também apresente um vislumbre do que deverá ser visto no decorrer de 2025, sob a batuta de Jardim.

O período foi mais que suficiente para que o Cruzeiro, de uma vez por todas, se desgarre do Dinizismo e caminhe em direção a uma nova era, sem pragmatismo, mas com intensidade, qualidade, organização e que, de fato, se mostre não apenas como um time midiático, mas um coletivo extremamente bem executado, com todas as peças cientes de suas obrigações e jogando da forma que Jardim deseja.

E claro, isso não será apresentado em apenas um amistoso. Mas é sempre bom passar uma mensagem, ainda mais quando a atenção da torcida estará neste confronto.