É dia de Copa do Brasil, e esta competição tem um sabor especial para o torcedor do Cruzeiro. O maior campeão do torneio nacional colocará, mais uma vez, a defesa de seu status à prova, em um duelo de forças díspares — mas que se equivalem quando a bola rola. Afinal de contas, não existe bobo no futebol, e nunca se ganha de véspera. Mas a Raposa, ao meu ver, está vacinada e pronta para o desafio desta noite, em um Rei Pelé que já se tornou o covil do Santos de Neymar nesta temporada.

Mais do que tudo, é preciso que o Cruzeiro imponha seu ritmo e estabeleça o jogo ao qual está habituado. E, para tanto, mesmo que o Brasileirão hoje se apresente como mais favorável em termos de posição na tabela, é necessário força máxima — talvez com uma ou outra modificação, mas sem desfazer sua estrutura. A seriedade deste duelo impõe ao time a necessidade de ir completo, respeitando o adversário, mas também sendo o Cruzeiro que o torcedor se acostumou a ver.

O CRB é um time que possui suas virtudes e contou com uma grande atuação do goleiro na partida de ida, no Mineirão. Que o ataque do Cruzeiro vença a batalha desta vez, superando o paredão que evitou um placar favorável no primeiro encontro.

Com as eliminações de grandes "papa-títulos" do futebol nacional nos últimos anos — casos de Palmeiras e Flamengo —, além da queda do São Paulo, campeão da Copa do Brasil de 2023, o torneio nacional desta temporada está um verdadeiro fogo cruzado, do qual julgo que o Cruzeiro tenha totais condições de sonhar — e sonhar alto.

Este time, embora com algumas peças diferentes das atuais, já se portou bem na trajetória da Sul-Americana da temporada passada. Ou seja, há um lastro. Porém, está no DNA do Cruzeiro ser copeiro. É preciso reafirmar isso mais uma vez — e nada melhor do que em um território onde a Raposa se sente confortável: a Copa do Brasil. Que, nesta noite, a imagem do Cruzeiro possa, mais uma vez, resplandecer, dando mais um passo importante nos planos traçados para esta temporada.

Pra cima, Cruzeiro!