Depois do lamentável episódio ocorrido com a possibilidade de transformação - ou deformação - da Sala Minas Gerais, sede da Filarmônica, em espaço para realização de eventos entendidos como manifestações de arte ou de interesse coletivo, como justificado, surge agora a notícia de que o BDMG Cultural será extinto. Coincidência ou não, mas dizem que essa orientação decorreu da vaia recebida pelo governador Romeu Zema nas comemorações do aniversário de 35 anos do Instituto, quando foi exibido um vídeo sobre o apreço do chefe do Executivo sobre questões que envolvem a cultura. Certamente não foi; a ser verdadeiro, Zema acabaria de uma vez com as polícias civil e penal e com os bombeiros militares; com as escolas, com as professoras, serventes escolares, pedagogas, vigilantes; com os hospitais, onde estão médicos, enfermeiros, radiologistas, técnicos de enfermagem, servidores da limpeza, da manutenção, do controle de portarias. Esses segmentos da administração, nas aparições de Romeu Zema, também o vaiam muito. Só se vão acabar, mas em menor velocidade. E de outra forma: matando de fome e de indignidade seus servidores. Aí pode ser.