BRASÍLIA - Brasília permanece encoberta por fumaça de incêndios nesta terça-feira (27). O fenômeno começou na manhã de domingo (25) e é provocado, principalmente, por queimadas no interior de São Paulo, segundo o Corpo de Bombeiros da capital federal. A nuvem tóxica atingiu também Goiás e Minas Gerais.

Apesar de uma pequena melhora nas medições, a classificação da qualidade do ar no Distrito Federal segue ruim. O cenário é agravado pela baixa umidade relativa do ar, que chegou a cair a 10%, com estiagem que já dura mais de quatro meses.

A previsão do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) é que a cortina de fumaça permaneça na região ao longo desta terça-feira e que a situação se normalize na quarta-feira (28) ou na quinta-feira (29).

A saída da frente fria que atuava na região Sul terá influência na dissipação da fumaça em todo o Brasil, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ela funcionava como uma barreira para a fumaça que se desloca da Amazônia. Quando esta atua, há um direcionamento maior da fumaça para a região Sudeste. Sem a frente fria, a fumaça vai para o Sul.

Na segunda-feira, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, se reuniu com autoridades para definir um grupo de trabalho responsável por elaborar um plano de ações para lidar com eventos críticos de qualidade do ar. Composto por 17 órgãos do governo do Distrito Federal sob a coordenação do Ibram, o grupo tem 90 dias para a elaboração de ações. 

Em abril, Ibaneis decretou estado de emergência ambiental no DF para o período de junho a novembro. “Estamos em um período de seca e calor no DF, o que aumenta o risco de incêndios. Nossa equipe está preparada para agir rapidamente, mas a colaboração da população é essencial”, escreveu Ibaneis no X.