A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu, nesta quarta-feira (15), o até então foragido Noberto Mânica, condenado pela participação na Chacina de Unaí, em 2004. O crime resultou na morte de quatro servidores do Ministério do Trabalho e Emprego.
Mânica, acusado de ser o mandante da chacina, foi condenado a 64 anos de reclusão pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha, conforme decidido em sentença transitada em julgado. Além dele, seu irmão, Antério Mânica, que era prefeito da cidade, também foi condenado e está preso, cumprindo uma pena de 89 anos de reclusão.
O crime, motivado pela fiscalização de condições análogas à escravidão em propriedades rurais, chocou o país pela sua violência e premeditação. O caso é considerado um dos mais brutais contra agentes públicos em razão do exercício de suas funções.
As investigações da Delegacia de Polícia de Nova Petrópolis apontaram que o Mânica poderia estar escondido no interior do município, em região de divisa com Gramado. Durante a operação, ele foi localizado e preso sem oferecer resistência, segundo a polícia.
Conforme os agentes da PC, Mânica estava sem documentos e tentou ocultar sua identidade, fornecendo informações falsas. Porém, após diligências e confronto de dados, ele acabou confessando ser o procurado pela Justiça.
Mânica será transferido para o sistema prisional para iniciar o cumprimento da pena determinada judicialmente.