A diretor-geral e o 'número 2' da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), criada em 1999, foram intimados para prestarem depoimentos em um inquérito que investiga suposta espionagem. 

O esquema, que teria ocorrido durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), ficou conhecido como Abin paralela. A agência federal teria sido usada para acompanhar a rotina de jornalistas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e adversários políticos do então presidente da República.

O que é a Abin e para que serve?

A Abin se destaca pela importância estratégica para a segurança e a política externa do Brasil. Como órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), a ABIN desempenha um papel crucial na produção e disseminação de conhecimentos de inteligência e auxilia na tomada de decisões em todos os níveis do governo.

Vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, as responsabilidades abrangem desde a análise de ameaças terroristas até a coordenação de inteligência entre órgãos federais.

No cenário atual, a ABIN está na vanguarda da defesa do Estado brasileiro contra uma variedade de ameaças, incluindo aquelas que transcendem as fronteiras tradicionais de conflito. A agência é fundamental na proteção do território nacional contra ameaças físicas e cibernéticas, por exemplo, além de atuar desde operações antiterrorismo até a defesa contra ataques online que podem afetar infraestruturas críticas.

Além disso, a ABIN assegura que o Brasil mantenha uma posição de relevância nas discussões internacionais e influencia diretamente as decisões de política externa do país. Isso permite que o Brasil negocie de forma mais eficaz em fóruns internacionais e participe ativamente na formulação de normas relacionadas à segurança e ao direito internacional.

A inteligência na ABIN envolve um processo meticuloso de coleta, análise e síntese de dados. Transforma-os em informações estratégicas. Isso é crucial para a formulação e implementação de políticas públicas eficazes. A contrainteligência foca na proteção das informações sensíveis e na prevenção de atividades de espionagem e outras ameaças à segurança interna.

Além disso, a ABIN também desempenha um papel crucial nas frentes estratégicas de segurança nacional, como a segurança das fronteiras, migrações, meio ambiente, não proliferação de armas e combate à lavagem de dinheiro. Cada frente de atuação é vital para o cumprimento da missão da ABIN de garantir a soberania nacional e a integridade do território brasileiro.