Um homem de 41 anos está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por agredir uma criança de quatro anos durante uma festa junina em um colégio de Vicente Pires, no Distrito Federal. O incidente ocorreu no domingo (15), quando o agressor, pai de um dos alunos participantes da apresentação, invadiu o palco após um desentendimento entre as crianças.

Em nota à reportagem de O TEMPO, a PCDF informou que uma solicitante relatou o caso como desacato. "Compareceu à 8ª DP a comunicante relatando ser vítima de desacato em ocorrência relacionada à (sic) via de fato em uma apresentação infantil. Um homem de 41 anos foi detido por pais de alunos após agredir uma criança que se apresentava no palco da festa junina de uma escola", diz o texto.

O homem foi liberado da delegacia após a assinatura do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) – registro de infração de menor potencial ofensivo, ou seja, crime de menor relevância com pena máxima de até dois anos de cerceamento de liberdade ou multa. Para a acusação de desacato, a pena varia entre dois meses e dois anos. Já para vias de fato, a pena é prisão de quinze dias a três meses, ou multa.

Agressão em festa junina

A agressão aconteceu durante a apresentação de um grupo de alunos com idade entre três e quatro anos. Segundo informações do g1, o pai atacou o menino que, supostamente, havia enfiado o dedo no olho de outra criança. Em depoimento à polícia, ele afirmou que "perdeu o controle" ao ver a interação entre os pequenos.

Registros do incidente mostram que o homem derrubou o garoto no chão e o segurou pelo pescoço, causando choro e susto entre as crianças e os adultos presentes. Um segundo homem interveio e empurrou o agressor para tentar conter a situação.

Além de atacar o menino, o pai também teria agredido uma policial civil que estava no local, ainda conforme informações do g1. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada e conduziu os envolvidos ao 8º Departamento de Polícia Civil, onde a ocorrência foi registrada.

Através das redes sociais, a defesa do homem informou que o filho dele tem sido alvo de "constantes episódios de bullying e agressões físicas" no ambiente escolar, praticadas pelo colega. A defesa alega que ele assume ter errado, mas teve uma ação "emocional extrema" ao ver o filho ser agredido mais uma vez, sem proteção da escola.

A reportagem de O TEMPO tentou contato com a escola envolvida, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.