A irmã de Juliana Marins publicou um vídeo nas rede sociais criticando o médico legista que fez o laudo da morte da jovem. Ela disse ser um absurdo que ele tenha divulgado o documento à imprensa antes de entregá-lo à família.
Mariana Marins explicou que a família foi chamada no hospital, mas uma entrevista coletiva foi feita antes. Juliana morreu após cair de um penhasco do vulcão Rinjani, o segundo mais alto da Indonésia, quando fazia uma trilha.
"Caos e absurdo. Minha família foi chamada no hospital para receber o laudo mas, antes que eles tivessem acesso a esse laudo, o médico achou de bom tom dar uma coletiva de imprensa para falar para todo mundo que estava dando o laudo antes de falar apra minha família. É absurdo atrás de absurdo e não acaba mais", afirma.
Em entrevista nesta sexta-feira (27), o médico legista disse que o laudo preliminar indicou que Juliana morreu após sofrer um trauma contundente, que resultou em danos a órgãos internos e hemorragia.
Ainda segundo o médico, os indícios apontam para morte quase imediata, cerca de 20 minutos após um impacto além da queda inicial na trilha, ela provavelmente caiu outras vezes no dia seguinte, já que o local era bastante íngreme. A principal hipótese é que uma dessas outras quedas gerou os ferimentos que levaram a sua morte.
Ela faleceu na terça (24) ou na quarta (25), segundo a perícia.
A irmã também informou que a família aceitou a ajuda da Prefeitura de Niterói para pagar o translado do corpo. Os parentes ainda aguardam vagas em voos para voltar ao Brasil.
"A Prefeitura de Niterói está fazendo muita questão de nos ajudar nesse momento e a Juliana ficaria muito feliz. Juliana amava Niterói, amava as praias da cidade. Ela amava de paixão mesmo", disse Mariana.
Na quinta (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha anunciado que mudaria as regras do Itamaraty para permitir que o governo federal pudesse pagar pelo retorno do corpo de Juliana da Indonésia ao Brasil.
A família não explicou porque decidiu aceitar o pagamento da prefeitura de Niterói em vez da oferta do governo federal.