O agricultor Rafael Eduardo Schemmer, de 27 anos, busca conciliação judicial após ter supostas infidelidades expostas pela ex-companheira Natália Knak durante um evento familiar. O caso ocorreu em 9 de julho em Quinze de Novembro, município com cerca de 3,9 mil habitantes no interior do Rio Grande do Sul. Viralizado nas redes sociais, o vídeo já soma mais de 30 milhões de visualizações.

A exposição aconteceu em um evento que simulava um "chá revelação", realizado na casa dos pais de Rafael. Natália, que está grávida de 11 semanas de um filho do relacionamento com Rafael, apresentou evidências das supostas traições, incluindo documentos impressos com conversas e imagens do celular do companheiro. O episódio ganhou notoriedade nas plataformas digitais, com internautas até criando um "mapa" dos envolvidos no caso.

O casal mantinha união estável há um ano e dez meses, conforme informado ao g1, que conversou com o advogado José Luiz Dorsdt, da parte de Rafael. Segundo o representante, o agricultor havia admitido a infidelidade em conversa particular com Natália em 3 de julho, seis dias antes da gravação do vídeo.

Aproximadamente 30 familiares presenciaram o momento da revelação. No vídeo, Natália questiona Rafael: "Qual que é realmente teu filho legítimo? E qual que é teu filho com a tua amante?", enquanto coloca duas peças de roupa infantil sobre os ombros dele. Durante a exposição, o homem permaneceu em silêncio, mantendo a cabeça baixa enquanto a esposa apresentava as evidências.

Em texto enviado ao g1 por meio de seu advogado, Rafael afirmou: "Estou aqui para assumir as consequências e as responsabilidades pelos meus atos. Mas peço, do fundo do coração, que todos tenham um pouco mais de consciência. Enquanto muitos riem da situação, fazem piadas e criam memes, outras pessoas estão passando por momentos extremamente dolorosos". 

O advogado Dorsdt defende que a prioridade é remover o conteúdo da internet. "Discordâncias conjugais acontecem em todos os lugares. A exposição exagerada nas redes sociais não resolve o problema, apenas o multiplica. Pessoas que cometem erros recebem um julgamento cruel e desproporcional da internet. Rafael tem o direito de ser julgado por um juiz, não pela opinião pública", declarou ao g1.

Segundo o advogado, a repercussão trouxe "todos os efeitos negativos possíveis" para seu cliente e outras pessoas mencionadas no vídeo. Ele destacou que em Quinze de Novembro "todos se conhecem por nomes, histórias e reputações."

O processo tramita em segredo de Justiça.