O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), lamentou o ataque de um adolescente de 16 anos a uma escola no município de Estação. A invasão terminou com uma criança morta e duas feridas. As aulas foram suspensas na cidade por tempo indeterminado, conforme a prefeitura do município.

De acordo com Eduardo Leite, ataques do tipo não podem ser naturalizados, relativizados ou esquecidos. "Quero expressar minha solidariedade mais profunda às famílias atingidas, aos professores, alunos e profissionais da escola, e a cada morador da cidade. O Estado está presente para dar suporte, para proteger e para agir", escreveu nas redes. 

Leite ainda afirmou que determinou à Secretaria de Segurança Pública uma prioridade total na apuração do caso. "E que a Secretaria da Saúde atue no apoio à comunidade escolar. Também vamos reforçar, junto à Secretaria da Educação e às prefeituras, as estratégias de proteção e cuidado em todas as escolas do Estado", completou. 

Após o ataque, a prefeitura de Estação disse que criou uma estrutura de apoio psicológico às famílias de estudantes que necessitem. "E nada é mais inaceitável do que a violência atravessar os muros de uma escola", finalizou o governador. 

O caso 

Uma criança morreu e outras duas ficaram feridas na manhã desta terça-feira (8) depois de um ataque a uma escola municipal em Estação, cidade da região norte do Rio Grande do Sul.

A Brigada Militar afirmou que o ataque foi feito por um adolescente de 16 anos com um facão. Ele foi contido e apreendido, segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública). Uma professora que tentou impedir a agressão contra os alunos também se feriu.

A criança que morreu é Vitor André Kungel Gambirazi, de 9 anos. As outras duas crianças feridas são duas meninas de 8 anos. Todos os feridos foram levados a hospitais da região.

A Polícia Civil está investigando o caso. O ataque foi na Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, no centro da cidade. O local tem mais de 150 alunos.
De acordo com a SSP, o autor do ataque é paciente psiquiátrico.

O prefeito da cidade, Geverson Zimmermann, disse em entrevista à Rádio Gaúcha que o adolescente era conhecido da comunidade, mas não tinha vínculo direto com a escola. A cidade tem cerca de 5.500 habitantes.

A Brigada Militar disse à Folha de S.Paulo que o adolescente chegou por volta das 10h na escola com uma mochila e de bicicleta, que deixou na rua. Ele entrou com tranquilidade na escola, deixou um currículo na secretaria e pediu para ir ao banheiro.

Em seguida, ele começou o ataque em uma sala com crianças do terceiro ano do ensino fundamental. Segundo a Brigada Militar, ele utilizou dois facões e também jogou rojões, deixando buracos no assoalho de madeira. Ele conseguiu atingir três crianças.

Uma professora que tentou impedir o ataque foi ferida no abdômen. Depois, o zelador da escola teria conseguido segurar o adolescente até a chegada da polícia. A prefeitura suspendeu as aulas em toda a rede municipal de ensino por tempo indeterminado.

"Estamos com toda a nossa equipe mobilizada, prestando apoio e assistência contínua a todas as famílias e à comunidade escolar neste período", afirmou a prefeitura.