A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, em parceria com forças policiais de Pernambuco e unidades especiais, realizou uma operação de 22 horas para tentar capturar Marcelo Johnny Viana Bastos, conhecido como Pica-Pau, considerado o criminoso mais procurado do estado.
Os agentes foram recebidos a tiros de fuzil e explosivos, de acordo com a polícia. Houve tentativa malsucedida de negociação para que ele se entregasse, inclusive com a presença da irmã de Marcelo. Ele, sua namorada e um comparsa foram mortos na ação. Seis policiais ficaram feridos.
A ação, denominada Operação Cratos, que mobilizou cerca de cem policiais e teve aproximadamente 3.000 disparos, ocorreu em 26 e 27 de julho, em Extremoz, na Grande Natal. Imagens divulgadas pelo Fantástico na noite deste domingo (10) mostram marcas de bala em cômodos da casa, que teve paredes e portas destruídas.
Marcelo Johnny é apontado como liderança da facção Novo Cangaço, dissidente do Sindicato do Crime. Ele era investigado sob suspeita de homicídios, roubos a veículos, uso de explosivos e ataques a instituições financeiras em diferentes estados.
As investigações envolveram setores de inteligência como a Deprov (Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas), Defur (Delegacia Especializada em Furtos e Roubos) e o Ciberlab (Laboratório de Operações Cibernéticas)
do Ministério da Justiça.
Ele vinha sendo monitorado desde 2024, quando seu grupo teria participado de crimes como o assassinato de um homem, explosões em cofres de postos de combustível, assalto a um supermercado, além de execuções em diferentes cidades do Rio Grande do Norte e ataques em Pernambuco.
O cerco foi resultado de um trabalho iniciado em fevereiro de 2025, quando a Deicor (Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado) localizou pistas do paradeiro de Marcelo Johnny em Igarassu, Pernambuco.
Em maio, uma tentativa de prisão terminou com a fuga de Marcelo Johnny. Ele estava em um veículo, acompanhado de sua esposa e filha de dois meses, e, durante a perseguição, pulou para dentro de um braço de rio, desaparecendo em seguida.
As ações da facção também resultaram em confrontos com a polícia, com apreensão de fuzis, explosivos e veículos.