União

Arquidiocese de BH opina sobre CPI do padre Júlio Lancellotti: ‘indignação'

Sacerdote é alvo de vereadores da Câmara Municipal de São Paulo por sua atuação na Cracolância

Por O TEMPO
Publicado em 05 de janeiro de 2024 | 11:53
 
 
 
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A Arquidiocese de Belo Horizonte, liderada pelo arcebispo Dom Walmor, se pronunciou sobre a tentativa de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo da Rua, da Arquidiocese de São Paulo. O braço mineiro da Igreja Católica divulgou uma nota em defesa do sacerdote.

“Em comunhão com a Arquidiocese de São Paulo, partilhamos nossa indignação com o lamentável fato político instrumentalizado para atingir um sacerdote, no exercício de seu ministério, voltado à defesa dos excluídos que vivem nas ruas. Em uma sociedade democrática, as instâncias e as autoridades políticas não podem ser arena para disputas ideológicas, mas precisam trabalhar na proteção e promoção do bem comum”, diz o texto.

O padre Júlio Lancellotti é reconhecido nacionalmente por seu trabalho com a população de rua, que vem desde os anos 80. Ele já foi taxado como “padre esquerdista” por setores da direita brasileira, ao mesmo tempo em que seu trabalho foi incentivado pelo papa Francisco.

O requerimento para abrir uma CPI para investigar o padre na Câmara Municipal de São Paulo foi aberto pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil). Ele justifica que a comissão investigará ONGs que atuam na Cracolândia da capital paulista. Inicialmente, ela tinha 22 assinaturas — são necessárias 19 para ser oficializada. Nos últimos dias, contudo, vereadores têm retirado seu apoio a ela, e a CPI ainda não foi instaurada.

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