Sem verba

Censo não vai ocorrer em 2021, diz secretário do governo federal

Secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues disse que não há previsão orçamentária

Por Da Redação, com Folhapress
Publicado em 23 de abril de 2021 | 13:35
 
 
 
normal

O Censo Demográfico, previsto para este ano, não deve ocorrer 2021. A informação é do G1, que cita o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. Segundo ele, não há recursos previstos no Orçamento de 2021 para a pequisa. "Não há previsão orçamentária para o Censo, portanto ele não se realizará em 2021", disse.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já havia informado, em março, que o corte de verbas iria inviabilizar a pesquisa e suspendeu provas previstas para o concurso de recenseador.

A pesquisa seria feita em 2020, mas foi adiada por causa da pandemia.

Consequências
Perda de qualidade das políticas sociais, redução na distribuição de recursos para os municípios e descompasso nas pesquisas regulares de emprego e renda são algumas das consequências de um novo adiamento do Censo pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), devido ao corte de orçamento, afirmam especialistas.

Entre os problemas causados pelo atraso está a distribuição de recursos públicos, já que o volume transferido nas cotas dos fundos de participação estaduais e municipais tem por base o número de habitantes de cada local.

Em meio à disputa por mais verbas e após o anúncio de que o orçamento para pesquisa seria cortado, a então presidente do IBGE, Susana Cordeiro Guerra, pediu exoneração do cargo em março. Na semana passada, o governo anunciou o demógrafo Eduardo Rios Neto como novo presidente da instituição.

Pelos dados da pesquisa, também se desenha um perfil dos brasileiros, o que permite dimensionar a necessidade de políticas sociais e de transferência de renda, como o Bolsa Família. A partir da atualização desses dados, o programa pode ser reformulado, acompanhando as mudanças no perfil da população.

Em março, um grupo de ex-presidentes do IBGE assinou uma carta aberta em que defendiam a realização da pesquisa, que deveria ser feita "por uma combinação de coletas de dados nos domicílios e de forma virtual e por telefone", diz o documento, assinado por Edmar Bacha e Simon Schwartzman, entre outros.

"Como a última pesquisa é de 2010, quanto mais a gente se afasta do ano em que foi feito o Censo, mais incerta é essa conta", diz Schwartzman.

 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!