Novo grupo

Covid: BH inicia vacinação de grávidas e puérperas sem comorbidades nesta quinta

Neste momento, apenas gestantes a partir da 29ª semana gestacional (terceiro trimestre) estão aptas. É preciso apresentar prescrição médica para a imunização

Por Aline Gonçalves e Letícia Fontes
Publicado em 16 de junho de 2021 | 14:17
 
 
 
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A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou, nesta quarta-feira (16), que vai começar a vacinar grávidas e puérperas sem comorbidades a partir desta quinta-feira (17) e também nesta sexta-feira (18).

Por enquanto, foram chamadas aos postos de saúde mulheres a partir da 29ª semana gestacional (terceiro trimestre) e puérperas (até 45 dias após o parto). A expectativa da PBH é vacinar 6 mil mulheres nesta fase. Ao todo, em Belo Horizonte, há mais de 22 mil mulheres gestantes e puérperas

Elas vão receber doses da Pfizer, mas é preciso apresentar prescrição médica para ter direito à imunização."À medida que a Prefeitura for recebendo novas remessas de vacinas contra a Covid (Pfizer ou Coronavac), outros grupos de gestantes sem comorbidades serão imunizados", informou a PBH, em nota.

Para receber a dose, é preciso ser cidadã residente de Belo Horizonte. Além disso, é necessário levar documento de identidade com foto.

Vale lembrar que somente são vacinadas pessoas que não receberam a vacina contra a Covid-19 ou qualquer outra vacina nos últimos 14 dias. Também não podem se imunizar mulheres que tiveram a doença com início de sintomas nos últimos 30 dias.

As gestantes também vão precisar apresentar um documento que comprove o estado gestacional, "como carteira de acompanhamento da gestante/pré-natal ou laudo médico", informa a PBH. Da mesma forma, a puérpera precisa apresentar Declaração de Nascido Vivo (DNV), certidão de nascimento ou de óbito.

Os pontos fixos de vacinação funcionam das 7h30 às 16h30, e das 8h às 16h30, no caso de drive-thru.

Os locais de vacinação ainda não foram informados, mas ficarão disponíveis no site da prefeitura.

Segundo a PBH, à medida que o município for recebendo novas remessas da Pfizer ou da Coronavac, outros grupos de gestantes sem comorbidades serão imunizados. Para as lactantes, a prefeitura informou que por enquanto não há data para a vacinação, uma vez que o grupo não está incluído no Plano Nacional de Imunização (PNI). 

A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde e aguarda o retorno sobre a previsão de chegada de novas remessas de imunizantes ao Estado.

As grávidas e puérperas como um todo chegaram a ser incluídas no Programa Nacional de Imunizações (PNI), do governo federal, mas a investigação de mortes de mulheres após o uso do imunizante da Astrazeneca fizeram a orientação do Ministério da Saúde mudar, seguindo recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 11 de maio. Passou-se, então, a priorizar apenas a vacinação de grávidas com comorbidades.

Gestantes e puérperas com comorbidades

Gestantes com comorbidades (independentemente do período gestacional) e puérperas com comorbidades seguem sendo vacinadas em Belo Horizonte em postos específicos (veja os locais neste link).

Minas Gerais

Na última sexta-feira, o governo do Estado informou que pretendia, em breve, começar a vacinação de grávidas e puérperas, tão logo cheguem a Minas Gerais novas remessas de vacinas Pfizer e Coronavac.

“Essa deliberação veio porque o entendimento inicial, lá no início do processo de vacinação, de que gestantes não eram grupos de risco, mudou. Gestante é um grupo de risco, possui maior letalidade que um grupo normal, do que uma mulher não gestante (por exemplo)”, disse o secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacchetti, em coletiva nesta quarta-feira. Ele também informou que a inclusão das lactantes entre as prioridades ainda depende de uma nota técnica da Comissão Intergestota Bipartite da Secretaria de Estado de Saúde. 

Atualmente, a taxa de letalidade de gestantes e puérperas em Minas é o dobro em relação à população em geral. Segundo dados do DataSus, a letalidade entre grávidas puérperas é 105,3% superior do que a média da população geral no Estado. No ano passado, 25 grávidas morreram em Minas Gerais. Já nos cinco primeiros meses deste ano, 124 gestantes vieram a óbito, um aumento de 416%. No país, a situação ainda é pior. A taxa de letalidade entre gestantes em decorrência da Covid-19 é de 7,2% – mais que o dobro da atual taxa de letalidade pela doença, que é de 2,8% 

 

 

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