Lisboa, Portugal. Segundo pesquisadores do Hospital Magalhães Lemos, em Portugal, não são apenas os homens que sofrem do orgasmo precoce.


Tradicionalmente, o problema do orgasmo precoce - nos homens, a ejaculação precoce - tem sido estudado como um fenômeno exclusivo do sexo masculino.


Em um estudo realizado com 510 mulheres portuguesas, porém, os cientistas descobriram que 40% do grupo pesquisado sofre de disfunções sexuais. Além disso, 3% as classificam como crônicas.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores aplicaram questionários para mulheres com idades entre 18 e 45 anos.


As perguntas abordavam o tema do orgasmo precoce com questões específicas, como se as mulheres já haviam, alguma vez, perdido o controle do "timing" para o orgasmo, e se a situação acontecia com frequência, por exemplo. As perguntas também mediam os níveis de incômodo gerado pela situação durante a prática sexual.


O principal cientista envolvido na pesquisa, Serafim Carvalho, explica que, para o grupo estudado, o orgasmo prematuro não é um simples incômodo, mas um verdadeiro problema. "Isso é encarado pelas mulheres como um problema tão sério quanto a ejaculação precoce masculina", diz.


Para o pesquisador, é importante que o estudo estimule mais pesquisas na área de disfunção sexual feminina, que muitas vezes é deixada de lado, quando comparada ao campo de estudos das disfunções sexuais masculinas.


Frigidez. Apesar de, segundo o estudo, o orgasmo prematuro atingir uma parcela surpreendentemente grande da população feminina, outro problema ainda mais grave é a falta de orgasmos.


Uma pesquisa norte-americana de 2010 descobriu que 54% das mulheres com idades entre 18 e 30 anos afirmam ter problemas para chegar ao orgasmo. O índice torna essa a reclamação feminina nos Estados Unidos a mais comum com relação ao sexo.


O orgasmo é o ponto de maior prazer físico e mental atingido a partir de respostas corporais ao ato sexual.