O último ataque de grande relevância em escolas no país aconteceu na no dia 5 de abriil deste ano em Blumenau (SC). Ele é apenas mais um desta triste realidade de ódio no Brasil. Na ocasião, um homem invadiu uma creche particular na manhã de uma quarta-feira (5/4) em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, e matou quatro crianças. O crime ocorreu na unidade de ensino Cantinho Bom Pastor, que fica localizada na rua dos Caçadores, no bairro Velha.
Em março, houve um ataque a uma escola de São Paulo, do dia 27, que deixou uma professora morta e alunos feridos. Esses, somam-se a outros ocorridos em várias instituições de ensino pelo Brasil. A autoria da maioria dos crimes é de alunos ou ex-alunos da unidade escolar e ex-funcionários.
O Instituto Sou da Paz, divulgou um levantamento, em 2022, mostrando que ao menos 12 ataques foram realizados em escolas desde 2002. Em um dos episódios mais graves, 12 pessoas morreram depois que um ex-aluno invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, em 2011.
Em outro ato violento, em março de 2019, dois ex-alunos entraram na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, e mataram 10 pessoas, incluindo cinco estudantes e duas funcionárias da instituição de ensino. Os autores se suicidaram após a tragédia.
Em outubro de 2017, o segurança Damião Soares Santos, que na época tinha 50 anos, ateou fogo à creche municipal Gente Inocente, em Janaúba, na região Norte de Minas Gerais. Na ocasião, dez crianças, três profissionais da educação e o autor do incêndio morreram no maior atentado a uma escola ocorrido em toda a história de Minas Gerais.
O crime recentemente mais marcante foi o registrado em novembro do ano passado, quando um adolescente matou três pessoas e feriu outras 13 em ataques a duas escolas em Aracruz, no Norte do Espírito Santo.
Confira os principais ataques em escolas, segundo o Instituto Sou da Paz, nos últimos 20 anos:
- Salvador (BA) – 2002 (duas pessoas feridas)
- Taiúva (SP) – 2003 (uma pessoa morta, e oito feridas)
- Rio de Janeiro (RJ) – 2011 (12 pessoas mortas, e 13 feridas)
- São Caetano do Sul (SP) – 2011 (uma pessoa morta, e uma ferida)
- Santa Rita (PB) – 2012 (três pessoas feridas)
- Goiânia (GO) – 2017 (duas pessoas mortas, e quatro feridas)
- Janaúba (MG) - 2017 (dez crianças e três profissionais da educação foram incendiadas na creche Gente Inocente.
- Medianeira (PR) – 2018 (duas pessoas feridas)
- Suzano (SP) – 2019 (dez pessoas mortas, e 11 feridas)
- Caraí (MG) – 2019 (duas pessoas feridas)
- Barreiras (BA) – 2022 (uma pessoa morta)
- Sobral (CE) – 2022 (uma pessoa morta, e três feridas)
- Aracruz (ES) – 2022 (três pessoas mortas, e 13 feridas)
- São Paulo (SP) - 27 de março 2023 (Uma professora morta a facadas e três feridos)
Ataques impedidos
Em janeiro deste ano, um adolescente de 17 anos foi apreendido após jogar bombas de fabricação caseira contra uma escola de Monte Mor, interior de São Paulo. O autor carregava uma suástica no braço e já havia estudado na instituição quando mais novo. Com ele, a polícia encontrou uma machadinha, coquetéis molotov e combustível.