ALERTA VERMELHO

São Paulo registra mais duas mortes por dengue

Levantamento da Secretaria Municipal da Saúde apontou dez óbitos só neste ano provocados pela doença

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 26 de junho de 2014 | 23:16
 
 
 
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A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo confirmou nesta quinta-feira (26) mais duas mortes por dengue na capital paulista. Com os novos casos, o número de óbitos pela doença neste ano já chega a dez. Em todo o ano passado, foram duas vítimas.

De acordo com a secretaria, um dos mortos é uma idosa de 75 anos moradora da República, na região central da capital. A outra vítima é uma adolescente de 14 anos, que vivia no Limão, zona norte.

Embora tenham sido confirmadas só agora, as mortes ocorreram em 8 e 13 de abril, mês que registrou o pico da doença. Sete das oito mortes já divulgadas anteriormente ocorreram naquele período. Apenas um óbito ocorreu antes, no mês de fevereiro. Até agora, a cidade já acumula 12.531 casos entre 1.º de janeiro e essa quarta-feira (25) alta de 10% em relação ao balanço anterior divulgado na semana passada. Comparado ao mesmo período do ano passado, o aumento é de mais de 400%. De janeiro a junho de 2013 foram 2.479 casos. Em todo o ano de 2010, quando a cidade viveu o pior surto de dengue dos últimos dez anos, o número de casos não chegou a 6 mil, menos da metade do registrado em 2014.

Distritos

Segundo a Prefeitura, subiu de 11 para 16 o número de distritos da cidade com transmissão de dengue em nível de emergência. Dos 96 bairros, apenas um não registrou nenhum caso da doença: Marsilac, na zona sul de São Paulo. Está na lista dos distritos em emergência o Jaguaré, campeão de casos na cidade. O bairro da zona oeste já teve 1.558 pacientes infectados, com índice de incidência de 3.124 casos por 100 mil habitantes. A partir de 300, a taxa já é considerada alta. Estão nessa situação outros seis distritos, cinco deles na zona oeste: Rio Pequeno, Butantã, Jaguara, Lapa, Raposo Tavares e Carrão, o único da zona leste.

Além dos 16 distritos em emergência, outros 32 bairros têm transmissão em alerta, entre eles o Limão, com índice de incidência de 133 casos por 100 mil habitantes e onde morava a adolescente de 14 anos que teve a morte confirmada nesta quinta. A taxa de incidência geral da capital paulista é de 111 casos por 100 habitantes, índice considerado médio pelo Ministério da Saúde. É a primeira vez em dez anos que essa taxa sai do patamar classificado como baixo (inferior a 100 casos por 100 mil habitantes).

Apesar dos números e da confirmação de duas novas mortes, a Secretaria da Saúde afirma que o pior período da doença já passou, já que o número de casos da doença registrados começou a desacelerar na cidade. A Prefeitura afirma ainda que continua realizando ações de combate ao mosquito Aedes aegypti em todas as regiões da capital.

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